Recontada por: Joaquim Nóbrega
A lenda do cigarro, como toda lenda, é contada em várias versões. De acordo com o escritor Leonardo Mota em seu livro "No tempo de Lampião", que foi publicado originalmente em 1930, a estória se dá quando o mesmo esteve na casa de correção da capital Pernambucana, e conversou com vários cangaceiros que ali se encontravam encarcerados.
O autor os perguntou se eles lembravam de algum episódio engraçado envolvendo o grande Lampião. O cangaceiro Canção que lá se encontrava, junto a mais um punhado de outros facínoras, lembrou-se de um episódio e o contou da seguinte forma:
"A coisa
mais engraçada que eu tive de assistir passou-se numa fazenda do município de
Princesa, na Paraíba. O velho dono da casa tremia que era ver uma vara verde,
Lampião botou ele debaixo de confissão, riscando o punhal nas costelas e ele
acabou descobrindo o rumo da volante do tenente Mané Binisso.
Virgulino
queria dar uma surra de relho, mas era tanto choro de muié e menino, que o
jeito foi se perdoar. Mais com pouca, Lampião tirou do bolso um maço de cigarro
e ofereceu:
- Pita?
O velho ficou
calado, fez que não tinha ouvido e Lampião tornou a perguntar, desta vez
gritando no pé do ouvido dele:
-Pitaaaaaaaaaa?
Ai todo
tremendo, o velho disse:
-Pito, mas
vamincê querendo eu largo o viço."
É isso aí. Um grande abraço a todos.
Joaquim Nóbrega - Fortaleza/CE
Fonte:
http://lampiaoaceso.blogspot.com
http://www.jarlescavalcanti.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário