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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Um homem de lutas e de amizades

Por: José Mendes Pereira

Hoje, bem cedinho, seis horas da manhã, ouvi uma música que me veio a lembrança de um dos mais conhecidos no meio do estudo "cangaço", e tenho plena certeza, que todos que compõem a saga cangaceiróloga do nordeste brasileiro, gostariam de oferecer esta canção ao ex-prefeito de Poço Redondo (por três gestões), e escritor:


Alcindo Alves da Costa.

A canção diz o que realmente, cada admiração por alguém, seja preservada  e deve  ser  guardada debaixo de sete chaves.

Não o conheço pessoalmente, apenas através de fotos e vídeos, mas pelo que os seus confrades dizem sobre a sua generosidade com as pessoas, o respeito, a admiração que guarda de cada um, merece a "Canção da América". 

A "Canção da América" não é oferecida a qualquer um (é como um troféu, nem todos têm direito a ele),  é para aquele que todos falam bem dele, e que o elegeram como o melhor amigo, e que jamais ouviram ele dizer algo machucante contra os outros. 

Não adianta querer ser merecedor da "Canção da América". Ela é oferecida por expontânea vontade dos  amigos, não com exigência. Não adianta endeusar os outros na presença, e quando se retira, lá fora, o outro é um verdadeiro satanáz. Ser amigo é não escolher por riquezas, por beleza, por cor, ou outra coisa parecida; cada um é como Deus o fez.

Não adianta morrer por amigo, defendê-lo é muito arriscado, pois estará  colocando a sua vida em perigo. Não adianta dizer ao amigo o que os outros dizem contra ele, pois estará o colocando num mundo de desavença. O certo é se retirar do lugar e fim de conversa.

Para o amigo, se deseja o bem, e não o mal.

"CANÇÃO DA AMÉRICA"

Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir

Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.



 Uma homenagem ao decano de Poço Redondo: Alcindo Alves da Costa

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