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quarta-feira, 4 de julho de 2012

LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE, A SEPARAÇÃO DO JOIO DO TRIGO.

Por: João de Sousa Lima


É preciso se separar o joio do trigo, as ervas daninhas devem ser desenraizadas para que as árvores frutíferas produzam seus frutos. Em todos os seguimentos da vida existem os bons e os maus. Há os que produzem com sabedoria e os tolos em sua essência. Assim caminha a humanidade, em toda parte se sobressaem os que buscam a perfeição e dela se aproximam, deixando seus legados como ensinamentos para outros que trafegam na estrada do conhecimento e da perpetuação histórica, sendo o fato aqui relacionado: A análise ajustada dos acontecimentos que permearam uma época que marcou profundamente as mentes e as vidas das pessoas do nordeste brasileiro.
Há os que se aprofundam com seriedade, buscando os autênticos subsídios para registrar nos anais dos arquivos escritos suas apreciações honestas e responsáveis.
Também há os hipócritas, os insensatos, gente sem o mínimo conhecimento de certos tópicos e que são ignorantes que se apoderam de um assunto e sem o devido cuidado produzem verdadeiros absurdos. 
Nesse caso estou falando da incapacidade de Pedro de Morais com seu livro “Lampião, o Mata Sete” e a maestria de Archimedes Marques com seu apurado revide “Lampião Contra o Mata Sete”.


A leitura eu recomendo sobre o trabalho de Archimedes Marques, sem que seja necessário conhecer as inverdades do péssimo livro de Pedro de Morais, o Mata Sete.
Archimedes nos brinda com respostas ajustadas e um trabalho digno de ser adquirido e de constar nos acervos das pessoas cordatas que estudam a história do Brasil.
O simples argumento de ter sido em sua vida pública um homem da lei, que julga seus preceitos e sobre as falhas condena os responsáveis não credita a pessoa e nem pode ser aceita qualquer obra que tenha por suporte apenas o contexto de “vir de um magistrado”. Não é esse um argumento válido para se escrever qualquer obra literária, o teor histórico de um povo, de uma nação, merece o mínimo respeito. Devemos preservar os fatos, desvendar os acontecidos, checar às informações, analisar seus episódios, confrontar seus subsídios e tentar se aproximar o máximo da verdade. Esse é o caminho do verdadeiro historiador e pesquisador.
O tempo do coronelismo já passou, não devemos ficar expostos a uma lei que na realidade foi feita  para beneficiar os homens de boa índole e não nos colocar amedrontados diante da Toga de um magistrado. Não nos calemos diante dos fatos injustos.


Archimedes Marques, com esse seu livro Lampião Contra o Mata Sete, entra para o grupo das pessoas que produzem com seriedade, com discernimento e demonstra coragem, qualidade indispensável aos homens que merecem nosso respeito e nossa admiração.
Pode-se apostar no sucesso desse primeiro trabalho de Archimedes, ele vem pesquisando o tema cangaço há algum tempo e encontrou o rumo certo rebatendo uma obra que vem talhada de informações sem fundamentos legais que possam comprovar seus textos difamatórios.  
Diante da apresentação de fatos tão mentirosos levantados pelo fraco autor do “Lampião, o Mata Sete”, Archimedes é a bandeira que se levanta contra tais inverdades, um acerto ajuizado contra os pensamentos embaraçados de um escritor sem as qualidades essenciais para uma produção que se explica não por “querer” e sim por “existir”, fatos concretos que justificam novos olhares, novas apreciações, porém com a honestidade e a responsabilidade que as ocorrências históricas devem atrair, tendo por legado reparar as lacunas que ficaram adormecidas e que se juntam para agregar valores ao contexto de uma história que se reescreve a cada tempo, porém contada e acrescida em sua profundeza autêntica, ajustada em suas fontes primordiais sendo salvas nas memórias literárias que formadas com outras fontes direcionam a verdadeira historiografia do mundo.
É preciso se separar o joio do trigo, devemos desenraizar as ervas daninha para que colhamos os frutos bons, nesse caso devemos receber o livro de Archimedes Marques, Lampião contra o Mata Sete, com a devida grandeza que ele tem, pois ele é uma bandeira hasteada contra a mentira, contra a insensatez, contra a erva daninha que é esse livro de Pedro de Morais.


João de Sousa Lima (Escritor, membro da ALPA- Academia de Letras de Paulo Afonso, membro da SBEC- Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço).

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