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terça-feira, 7 de agosto de 2012

21 de março de 1927, no “A Tarde”

Por: Rubens Antonio


O padre Cicero continua a mandar e desmandar lá nos seus adustos domínios de Joazeiro, no sertão cearense.

Alçado á categoria de super–homem pela ingenuidade do caboclo nordestino, o velho sacerdote tem, ali, um desses prestígios formidáveis que dominam populações, moldando–as ao sabor de sua vontade.

Para o sertanejo, maior do que o padim pade circo – só Deus.

E elle, por isso, faz o que entende apoiado por milhares de homens fanatizados.

O clichê que estampamos acima é bem uma prova desse absolutismo do chefe cearense: – representa uma nota de 10.$000, corrente em Joazeiro, impunemente, apezar de provir de emissões clandestinas, feitas ali.

E quem quizer saber quanto vale este dinheiro que tem a effigie do padrinho, ridicularize–o á vista de um caibra de chapéu pancada e Pajahu de Flô á cintura...


Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço:
Rubens Antonio

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