Por: Honório de Medeiros(*)
Quarta
teoria: o ataque a Mossoró resultou de um plano político (quarta
parte)
Acerca
do mesmo episódio ocorrido em 10 de maio de 1927 o historiador Válter de Brito
Guerra, em “APODI, SUA HISTÓRIA[1]”, é enfático:
O ataque a
Apodi, de 10 de maio de 1927, por um grupo de bandidos, organizado no Estado do
Ceará, município de Pereiro, foi resultado de uma vingança política, insuflada
por elementos de fora, inimigos de Apodi. Na madrugada daquele dia, penetraram
nesta cidade, causando pânico e terror à nossa população, nada menos que 18
bandidos, fortemente armados, comandados por Massilon Leite.
A empreitada,
organizada e dirigida de longe, por pessoa ligada a importante família do
Apodi, tinha uma terrível missão a cumprir na cidade. Em primeiro lugar
figurava, no plano sinistro, o assassinato do então chefe político Francisco
Ferreira Pinto, para cuja residência se dirigiram os bandidos, prendendo-o
imediatamente[2]. O vigário da paróquia, que naquele
instante acabara de celebrar a santa missa, foi chamado às pressas, para salvar
o chefe político, em poder dos cangaceiros, que já se preparavam para
eliminá-lo.
Enquanto
permanecia preso o chefe local Francisco Pinto, por cuja liberdade o bandoleiro
Massilon exigia vultosa quantia em dinheiro, elementos do grupo terrorista
praticavam na cidade, atos de violência, e assassinato. Tomada de terror, ante
a ação dos cangaceiros, quase toda a população abandonou a cidade, buscando
refúgio na zona rural, nos sítios e fazendas.
Desta cidade
os cangaceiros se retiraram pela manhã do mesmo dia 10, entre as nove e dez
horas, rumo ao distrito de Itaú, neste município.
Frustrado o
assassinato do Coronel Francisco Pinto em 1927, quem sabe de propósito, como o
veremos logo mais, mesmo assim não serenou o ânimo dos seus inimigos políticos.
Em 1934, durante o Governo do Interventor Mário Câmara, novo atentado pôs fim a
sua vida.
Conta-nos,
ainda, o historiador Válter de Brito Guerra, em obra já mencionada:
Assaltada de
surpresa, a cidade não teve condições de reagir ao premeditado ataque, sob o
comando do temível Massilon, famoso por suas façanhas na história do crime e
banditismo no Nordeste, onde se criou na época, um ambiente propício ao
cangaceirismo.
Os ânimos
serenaram e houve um período de relativa calma. Porém as marcas e os resquícios
daqueles dramáticos acontecimentos, permaneceram vivos no espírito de muitos,
sempre sequiosos de represálias.
O movimento
revolucionário de 1930 veio reavivar os graves acontecimentos do passado. Não
só em Apodi, mas em todo o Rio Grande do Norte, o panorama sofreu radical
transformação, com o advento da revolução vitoriosa de 1930. Iniciou-se então,
neste Estado, o mais revoltante período de hostilidade e humilhações contra
adversários políticos decaídos. Com a vitória da revolução, a família Pinto em
Apodi perdeu o mando político e administrativo, conquistando novamente o poder
em 1935, com a vitória do Partido Popular.
Realmente, a
Revolução de 1930 não cumpriu a missão a que se propusera. Os seus princípios,
seus postulados e ideais, que serviram de alento àquela arrancada cívica,
caíram por terra ou foram esquecidos. Prevaleceu, acima de tudo, a vontade dos
oportunistas, que a tudo custo, queriam encastelar-se no poder, à sombra do
governo revolucionário.
Instalou-se
então no estado, o terrorismo político que tomou vulto a partir de 1933, com a
designação do quinto Interventor Federal, filho da terra, nomeado pelo
presidente revolucionário, Getúlio Vargas.
Mario Câmara,
quinto Interventor Federal do RN
Incutira o
novo governante em sua cabeça, a idéia de candidatar-se à sua própria sucessão,
na eleição que se aproximava para governador do Estado. A partir desse momento,
e com o objetivo de ganhar eleitores e conquistar chefes políticos, o
interventor pôs em jogo a máquina administrativa do Estado, desencadeando-se,
então, a mais violenta e desastrosa campanha política de que se tem notícia no
Rio Grande do Norte.
A série de
atos de suborno, coação e violências, segundo os depoimentos da história,
preparada pelo partido do governo, espalhou-se por todos os recantos do Estado.
Nenhum
município ficou livre das arbitrariedades que atingiram o Rio Grande do Norte
em todas as direções, sob a conivência das autoridades governamentais.
Ao
aproximarem-se as eleições de 14 de outubro de 1934, em plena campanha
política, contingentes policiais foram destacados para cidades, vilas e
povoados, com a finalidade de coagir os adversários do governo,
generalizando-se o pânico e o medo entre as populações. Populações que se
dividiam em duas facções partidárias: o Partido Popular, de oposição ao
governo; e a Aliança Social ou Liberal, partido governista. Perrepista ou
perré, era a denominação dada ao partidário da oposição, liberal ou Pela-Bucho,
era o correligionário do Governo ou a pessoa filiada da Aliança Liberal.
A proporção
que se aproximava o dia das eleições, a onda de crimes aumentava
assustadoramente, sob as mais diversas formas. Prisões ilegais, espancamentos
de adversários do governo. Assassinatos eram presenciados a todo o instante,
ficando os criminosos livres de qualquer punição.
Em Apodi, onde
o chefe político Francisco Ferreira Pinto liderava a corrente de oposição ao
governo, as perseguições políticas alcançaram o seu ponto culminante.
Sucediam-se as prisões, intimidações a adversários do partido governista,
surras e ameaças de toda a ordem.
O esquema de
opressão posto em prática, estarrecendo a opinião pública, não se limitou
apenas às agressões físicas e desmoralizadoras, pelos agentes do partido
revolucionário, de que foram vítimas chefes políticos de prestígio e respeito.
O processo de violência evoluía a todo momento, amedrontando as famílias e
eleitores oposicionistas.
Acontecimentos
de maior gravidade começaram a surgir em diversos municípios do Estado; o
assassinato de chefes políticos do Partido Popular. Isso devia fazer parte do
plano preestabelecido, com o objetivo de aterrorizar o eleitorado e afastá-lo
do pleito que se aproximava.
Incluído na
lista negra da Aliança Social, comandada neste município pelos senhores Luis
Ferreira Leite e Benedito Dantas Saldanha[3], estaria o líder Francisco Ferreira
Pinto, ou Chico Pinto, como era chamado, assassinado nesta cidade no dia 02 de
maio de 1934. O crime, praticado às caladas da noite, teve grande repercussão
em todo o Estado, principalmente no seio do Partido Popular, onde o falecido
gozava de elevado conceito. Era um dos chefes políticos de maior prestígio
desta região. Não só pela expressão do colégio eleitoral que comandava, mas
também pela sua bravura cívica e qualidades morais, que caracterizavam sua
personalidade. Desenvolveu no município intensa atividade político-partidária,
ao lado de João Józimo de Oliveira Pinto e João de Brito Ferreira, tendo sido
eleito Prefeito Municipal e Deputado à Assembléia Legislativa Estadual.
O Coronel
Benedito Saldanha seria o de botas longas e braços cruzados
Os métodos
postos em prática pelo Governo e seus partidários com a finalidade de ganhar a
eleição, não arrefeceram o ânimo dos eleitores populistas, que se mantiveram
firmes nos momentos mais difíceis, quando sofriam as mais absurdas
perseguições. A eleição de 14 de outubro de 1934, deu ao Partido Popular a mais
consagradora vitória. Com a eleição de Dr. Rafael Fernandes ao Governo do Rio
Grande do Norte, pela Assembléia Constituinte, o Estado voltou à sua
normalidade. A paz voltou a reinar entre as famílias potiguares.
MASSILON
Massilon,
desde o assassinato do Delegado de Belém do Brejo do Cruz, PB, entre 1923 e
1924, acossado pela perseguição policial, passou à proteção da poderosa família
Saldanha, presença proeminente naquela cidade e arredores e oposição aos Dutras
que a governavam e, mais especificamente, à Manuel Paulino Dutra de Morais, seu
chefe político, aquele que trouxera, ao Brejo, o militar que seria assassinado
pelo cangaceiro.
É o que
soubemos por intermédio de Dna. Tércia Leite de Oliveira, sua irmã, graças à
entrevista gentilmente cedida ao Autor pelo escritor Sérgio Dantas e realizada
pelo Tenente Raimundo Nonato de Oliveira, este casado com Salete, filha de
Fenelon Leite, irmão de Massilon.
Essa afirmação
foi corroborada depois, em entrevista realizada pelo Autor com o Capitão Viana,
da qual foi dado notícia um pouco antes, neste livro.
O mesmo
Massilon, que foi apontado pelo Capitão Viana como tendo sido jagunço de
Benedito Saldanha, era protegido de seu irmão Quincas Saldanha, a quem chamava
de “Padrinho”, segundo Deusdedite Fernandes Pimenta, entrevistado pelo Autor,
por Franklin Jorge e Kydelmir Dantas, em Março de 2009, na sua Caraúbas natal.
Coronel
Quincas Saldanha
CARAÚBAS
–Passei a tarde de sábado em Caraúbas, para onde fui a convite de Honório de
Medeiros e Kydelmir Dantas, que iam com a missão de entrevistar Deusdedite
Fernandes Pimenta. Ele nos recebeu em sua casa em animada “sessão nostalgia”,
quando recordou que estivera nos braços do famoso Massilon Leite, incentivador
de Lampião no ataque a Mossoró, fato ocorrido em 1927.
Em voz clara e
cheia de energia, evocou ainda outras figuras populares de Caraúbas, entre as
quais a não menos famosa de Quincas Saldanha que há mais de cinqüenta anos
aterrorizou uma vasta região, cuja casa forte, um digno exemplar da arquitetura
rural sertaneja, centro político da sua propriedade rural retalhada por seus
herdeiros, ainda continua de pé, incorporada já ao perímetro urbano do
município.
Homem
corpulento e cordial, de 83 anos, Deusdedite tinha apenas alguns meses de vida
quando a fazenda Timbaúbas, do seu avô Hipólito Fernandes, foi invadida por
Massilon que se fazia acompanhar por oito ou dez cabras armados, onde pernoitou
e trocou uma sela nova pela velha que trazia. Na saída, vendo-o nos braços da
babá, tomou-o nos próprios braços e depois de alguns minutos o devolveu à negra
que, assustada, tremia.
Definitiva,
entretanto, para demonstrar a veracidade da afirmação alusiva ao vínculo entre
Massilon e os Saldanha é a Denúncia oferecida pelo Promotor Público da Comarca
de Souza, PB, Dr. Emílio Pires Ferreira, servindo“Ad-Hoc” em Brejo do Cruz, no
mesmo Estado, em 10 de fevereiro de 1927, transcrita no Jornal “União”, da Paraíba,
número 82, em 9 de abril de 1927, um sábado[5].
Nela vamos
encontrar esse trecho, em grafia da época:
A excepção de
MASSILON LEITE, pronunciado neste termo, por crime de homicídio que, apezar de
já ter vivido sob a proteção de Joaquim Saldanha, estava ultimamente com
Benedito Saldanha, irmão deste, no Estado do Ceará, os demais são moradores do
mesmo Joaquim Saldanha e são tidos como homens afeitos do crime.
Massilon
sabia, pois, que na Paraíba, desde que matara um Delegado, não havia mais lugar
para ele. Dos beneficiados pelos seus crimes obtivera passaporte e amparo para
começar outra vida longe dali. Cortara o território do Alto Oeste potiguar e
reaparecera no Ceará, mais precisamente em Alto Santo, sob a proteção do
Coronel Benedito Saldanha, grande proprietário rural na Região, irmão do
Coronel Quincas Saldanha, este, por sua vez, latifundiário em Brejo da Cruz,
Paraíba, e Caraúbas, Rio Grande do Norte.
OS CORONÉIS
QUINCAS E BENEDITO SALDANHA
O Coronel
Quincas Saldanha desde que saíra de Brejo do Cruz após o evento de 1926[6], e se fixara em Caraúbas, no Rio Grande
do Norte, voltara seu interesse, secundando seu irmão Benedito Saldanha,
fazendeiro em Alto Santo, Ceará, para a política do Rio Grande do Norte, com
especial atenção pela Região Oeste, mais especificamente Caraúbas e Apodi,
nesta alinhado à oposição radical ao Coronel Francisco Pinto, chefe político da
cidade.
Abelardo
Montenegro conta, em “FANÁTICOS E CANGACEIROS”[7] o seguinte episódio acerca do
Coronel Quincas Saldanha, dando idéia da importância e liderança que desfrutava
entre seus pares:
Em 1904,
aproximadamente, o coronel Joaquim Saldanha enviava gado da fazenda Amazônia,
nos limites entre Paraíba e Rio Grande do Norte, para Riacho do Sangue (Frade),
Cachoeira (Solonópoles) e Jaguaribe-Mirim. Tempos depois, fazia retornar o
gado. Comprava, ao mesmo tempo, boiadas para vender na Pedra do Fogo, em
Pernambuco, e em Pocinhos, na Paraíba.
Diversos
fazendeiros, entre os quais João Patrício de Almeida, da fazenda Serrote do
Mato, João Roque de Macedo, da fazenda Arara, e Elpídio José de Queiróz, da
fazenda Juazeiro, procuravam o coronel Joaquim Saldanha, que se hospedava na
fazenda Arara, e pediam-lhes providências contra os Bocas e José Dantas.
Saldanha assegurava-lhes que ia pedir a interferência do Padre Cícero Romão
Batista, seu amigo, que se entenderia com o Governador Nogueira Acioli.
Algum tempo
depois, surgiam as primeiras volantes da polícia cearense. Uma delas, comandada
pelo tenente Romão Nunes, ficava sediada em Pereiro, sob a orientação do
coronel Alcoforado.
Os Bocas e
José Dantas tinham os seus ‘pombeiros’ que os avisavam da aproximação da
polícia. Os assaltos, por isso, continuavam. Voltava a ser feitos apelos ao
coronel Saldanha, que convidava um dos Bocas a comparecer a sua presença, não
sendo, porém, aceito o convite.
Em outra
viagem, recebia o coronel Saldanha, por intermédio de Francisco Melo,
proprietário da fazenda Espinheiro, a relação dos principais culpados. Os
Bocas, além de gado, raptavam mulheres.
Após vários
convites, dois chefes Bocas iam à fazenda Espinheiro, onde estava arranchado o
coronel Saldanha. Ao penetrarem no pátio da fazenda, eram alvejados a bala,
morrendo um e saindo outro ferido.
O Coronel
Benedito Saldanha, por sua vez, chegou a ser Interventor em Apodi em 1933,
durante 6 meses e 14 dias. E foi Deputado à Constituinte Estadual de 1935 pela
Aliança Social do Rio Grande do Norte, liderada pelo Interventor Mário Câmara.
Edgar Barbosa[8] fixou um perfil de Benedito Saldanha[9] ao relatar o seguinte episódio por ele
protagonizado em 1934:
Na tarde de 29
de novembro, após um almoço na residência oficial do interventor, precisamente
no dia do seu regresso do Rio, o Sr. Benedito Saldanha, candidato da Aliança
Social à Assembléia Constituinte e figura de evidência do situacionismo,
entrou, à frente de um grupo, no prédio d’A Razão. Chegando à redação do órgão
do Partido Popular, o político aliancista, em companhia do Tenente José
Paulino, sem declinar o seu nome nem os motivos que ali o traziam, entrou sem
mais detença a depredar os móveis, rasgar papéis, quebrar caixas e empastelar
os tipos com os quais se confeccionava A Razão. Tal empastelamento se deu à
hora meridiana, em plena Avenida Tavares de Lyra, a artéria principal da
Ribeira. Após, o Sr. Benedito Saldanha saiu dizendo ir à procura dos próceres
oposicionistas, ameaçando assim de novas violências o Partido contra cujo
porta-voz na imprensa agira tão desabragadamente.
Incluído na
lista negra da Aliança Social, comandada neste município pelos senhores Luis
Ferreira Leite e Benedito Dantas Saldanha, estaria o líder Francisco Ferreira
Pinto, ou Chico Pinto, como era chamado, assassinado nesta cidade no dia 02 de
maio de 1934. O crime, praticado às caladas da noite, teve grande repercussão
em todo o Estado, principalmente no seio do Partido Popular, onde o falecido
gozava de elevado conceito. Era um dos chefes políticos de maior prestígio
desta região. Não só pela expressão do colégio eleitoral que comandava, mas
também pela sua bravura cívica e qualidades morais, que caracterizavam sua
personalidade. Desenvolveu no município intensa atividade político-partidária,
ao lado de João Józimo de Oliveira Pinto e João de Brito Ferreira, tendo sido
eleito Prefeito Municipal e Deputado à Assembléia Legislativa Estadual.
E Giocondo
Dias, célebre líder comunista, assim a ele se refere quando entrevistado pelo
jornalista e escritor Luis Gonzaga Cortez[11]:
Giocondo -Claro.
Havia uma grande instabilidade, permanente. E o que acontecia?Os
políticos, tanto os cafeístas, como os perréis, trabalhavam a oficialidade do
batalhão. Por exemplo, o capitão Everardo Barros de Vasconcelos, que depois foi
general, era homem ligado aos perréis. Aluísio Moura, outro capitão, era ora
ligado aos perréis, ora aos cafeístas, e assim por diante. Por outro lado, Café
Filho, ao lado do apoio popular, era apoiado pelos Saldanha, pelo Benedito
Saldanha, pelo Aristides Saldanha, que eram verdadeiros senhores feudais.
Tinham um autêntico exército, forças que giravam em torno de 500 jagunços, à
disposição deles. Conseguiram manter este status quo exatamente na medida que
apoiaram a Revolução de 30.
CONTINUA...
[3] Observemos a presença do Coronel
Benedito Saldanha, a quem Massilon era ligado, segundo a Denúncia do Ministério
Público de Brejo da Cruz e o depoimento de várias testemunhas, dentre elas o
Capitão Viana.
[9] Em 6 de maio de 1934 o jornal “O
Mossoroense” traz matéria com manchete de primeira página acerca do assassinato
do Coronel Francisco Pinto por Roldão Maia, “cabra” de Benedito Saldanha
segundo o historiador Marcos Pinto em “DATAS E NOTAS PARA A HISTÓRIA DE APODY”;Livro
I; Coleção Mossoroense; Série “C”; Volume 1.164; 2001; Mossoró, RN.
(*) Mestre em
Direito; Professor de Filosofia do Direito da Universidade Potiguar (Unp);
Assessor Jurídico do Estado do Rio Grande do Norte; Advogado (Direito Público);
Ensaísta.
http://honoriodemedeiros.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário