A foto é só para ilustração
Sempre
passavam grupos de cangaceiros nestas terras. O dono do referido local, senhor Manoel
Salina, toda vez que “avistava” os cabras, corria até Jeremoabo e dizia para as
autoridades o ocorrido.
O pesquisador Antônio
Amaury, em seu livro “De Virgolino a Lampião”, na pg. 221, refere que o tenente
Zé Rufino tenha dito: “(...) Manoel salinas tinha brasa na língua e que
precisava falar para ventilar e aliviar a boca (...)”.
Ainda segundo
o pesquisador na ob. cit., “(...) Lampião foi informado desse hábito (...) mandou-lhe
um recado bastante claro: “Deixe de contar nosso roteiro para os macacos, senão
vamos matá-lo! (...) contrariando a expectativa normal e demonstrando grande
falta de bom senso (...) continuou com suas denúncias (...)”.
O dono do sítio foi morar na cidade. Porém,
certa vez juntou seus familiares e conhecidos para fazer uma “farinhada”.
Sabendo que ia
acontecer tal coisa, Lampião mandou um coiteiro sondar se a conversa era
verdadeira, tendo a confirmação positiva, chamou a tropa e informou para onde
iam. Chegando à fazenda, prenderam todos rapidamente. Nas pags. 222 e 223 da
cit. ob. o autor nos relata,”(...) João Grande, Cirilo Batata, Antônio Batata e
Boa batata foram mortos de imediato. Sem demora (...) pegaram Manoel Salina e
um de seus filhos e amarram-nos juntos, em pé (...) executaram o filho com um
tiro na cabeça. Ao tombar no chão, sem vida, trouxe consigo seu pai (...)”. Repetiram
esta atrocidade de amarrar um filho ao pai e matar o filho em três de seus
filhos. Todas às vezes que foi morto um dos filhos, ao cair, levava o pai ao
chão. o filho chamado Fabiano foi obrigado a subir no telhado da casa de farinha
e ir quebrando suas telhas. Com uma coragem de monstro, sem saber de onde veio,
saltou do telhado e correu até a cidade. comunicando as autoridades do que se
passava. As autoridades resolveram só ir ao dia seguinte.
Voltando ao
livro do grande pesquisador “(...) depois de matarem os três filhos (...) quebraram-lhe
todos os dentes, arrancaram todas as suas unhas a punhal, castraram-no e
vazaram um de seus olhos (...) nesse estado o puseram em cima de um cavalo (...)
até a fazenda bandeira, onde morava um outro filho de salina (...) Chamou seu
filho Ulisses (...) foi sumariamente, abatido a tiros (...), e depois de tudo
isso é que Lampião resolveu colocar um fim ao sofrimento de Manoel salina
(...)”.
(Obs.: a foto acima postada não quer dizer que foi
esse o grupo que cometeu as barbáries, mas nesta foto Lampião é o primeiro da esquerda).
Fonte:
facebook
Página: Sálvio SiqueiraLampião,
Cangaço e Nordeste
Confira também neste site:
http://cariricangaco.blogspot.com.br/2012/02/chacina-da-familia-salinas-e-caravana.html
Confira também neste site:
http://cariricangaco.blogspot.com.br/2012/02/chacina-da-familia-salinas-e-caravana.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário