Ao juntar e
confrontar tudo que já li sobre este tal Lampião, em livros, revistas, jornais, internet, cordéis, somado ao que já vi no cinema, em vídeo, na televisão, sem mencionar o rádio e a música, bem como a poesia dos menestréis, sem contar que todo velho que eu encontro nas veredas do sertão, me diz que um dia viu e esteve com Lampião, observei que o maior dos cangaceiros, num só tempo, estava aqui, ali, lá e acolá, em tudo que era lugar no sertão. Coisa não fácil de acreditar, mas foi o que vi...
Com um detalhe: o cabra sempre no traje de cangaceiro, armado e municiado, de revolver, faca, fuzil, facão, punhal. Isso tudo, todo dia, toda hora, todo mês, em vinte anos de dias e noites.
Não teve lugar que este famanaz não tenha estado, foi o que eu vi... Não povoado, lugarejo, vila, cidade, deste território esquecido, terras secas brasileiras, que este bandoleiro não tenha passado com a sua cabroeira. O que me deixa quase forçado a admitir que este Lampião em sete estados esteve
quase num único dia.
Pois bem, do confronto que fiz destas inúmeras, fascinantes e tenebrosas
histórias, de sequestros, estupros, roubos, assassinatos; de batalhas, de fugas, de cabeças cortadas, de grandes porfias; de estadias, de esconderijos, de amores, de festas e rezas, concluí que Lampião, tal qual o criador, Deus Nosso Senhor, para explicar essa coisa de se estar em vários lugares num só tempo, era possuidor, além de saber como ninguém espalhar o terror, da faculdade da
ubiquidade.
Fonte: facebook
Página: Antônio
Corrêa Sobrinho Cangaçofilia
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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