Por Marcela
Ferreira Lopes
As palavras
fogem, nesse exato momento, para descrever e/ou até mesmo enfatizar a
importância que o professor Benedito Vasconcelos Mendes tem na minha vida.
Inicialmente,
tive a oportunidade de conhecer o Benedito escritor através da leitura dos seus
livros. Livros que em sua essência, falam da Região Nordeste, mais precisamente
do sertão. Fui devidamente apresentada, ainda enquanto aluna do curso de
Geografia do CFP/UFCG, por intermédio de José Romero de Araújo Cardoso, por
quem possuo enorme gratidão pelas indicações das obras. Livros tais como:
Reflexões sobre o Nordeste (2003), Arte e Cultura do Sertão (2009) e o último
lançado recentemente Culinária Sertaneja (2015). Em todos os seus
escritos, percebem-se o grande amor, a grande consideração e o profundo
entusiasmo que Benedito tem para com o Nordeste. Através das leituras tive e
sempre vou ter a oportunidade de melhor compreender toda a dinâmica que envolve
a civilização da seca: os entraves, dilemas e as variadas potencialidades que
possui o território nordestino. Através do “olhar” de Benedito também tornei-me
mais crítica, mais reflexiva, o que contribuiu enormemente para a minha
formação, bem como para minha prática enquanto docente.
É de tal
grandeza esse amor ao semiárido que materializou-se na forma de Museu.
Atualmente o Museu do Sertão, localizado na fazenda Rancho Verde, pode ser
considerado, sem sombra de dúvida, como o maior museu do mundo em se tratando
das temáticas culturais do semiárido. Impossível não se impressionar com
prensas de cera de carnaúba, engenhos de rapadura e de aguardente, bolandeiras
para descaroçar algodão, lamparinas e oratórios, os quais consistem em objetos
que resguardam a cultura nordestina para as novas gerações. Uma infinidade de
peças que enche os olhos dos visitantes de saudade, de nostalgia, de grandes
recordações. Caminhar e observar cada canto constituem-se em verdadeira aula de
História, fazendo um elo constante entre o passado e o presente. O museu é um
trabalho de fôlego! Que só pessoas da índole do Professor Benedito, sabem
conduzir na forma mais organizada e mais planejada que existem.
Benedito Vasconcelos Mendes
Concomitantemente,
falar na pessoa de Benedito é também falar na pessoa de Susanna Goretti. Ser
iluminado, altamente competente em tudo que faz. Dona de uma docilidade e de
uma simpatia que contagiam a todos que estão ao redor. A receptividade é um
traço marcante. Mulher altiva, perspicaz, caminhando lado a lado, apoiando
Benedito em todos os momentos. Não existe Museu do Sertão sem Benedito
Vasconcelos e muito menos sem Susanna Goretti.
Benedito
Vasconcelos Mendes, ser humano de primeira grandeza, simples, humilde, amigo
presente nas horas boas e ruins. Tive a honra de conhecê-lo pessoalmente em
2014, quando pude comparecer a uma visita ao Museu. Dono de uma inteligência rara,
de uma sensibilidade tamanha! Homem de sorriso fácil. Percebi em seus
olhos que fazia questão de apresentar cada lugar com profundo entusiasmo que
contagiava a todos! Fiquei extremamente emocionada em ver na minha frente o
autor dos livros dos quais mais gosto e que são minha grande referência quando
se trata do Nordeste. Seus vastos conhecimentos são de incomensurável
importância para todo o semiárido!
Benedito
Vasconcelos Mendes é, de fato, uma das maiores autoridades quando o assunto é
semiárido!
Marcela
Ferreira Lopes. Geógrafa-UFCG/CFP. Especialista em Educação de Jovens e Adultos
com ênfase em Economia Solidária-UFCG/CCJS. Graduanda em Pedagogia-UFCG/CFP.
Membro do grupo de pesquisa (FORPECS) na mesma instituição.
Marcela F.
Lopes
Escrito na
terra de Padre Rolim, Sertão da Paraíba.
Enviado pelo professor, escritor e pesquisador José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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