Foto do acervo da Neli Conceição - facebook
O primeiro à esquerda é o João, em seguida a nossa amiga Neli Conceição, e o da direita é o Inacinho, todos filhos do casal de cangaceiros Moreno e Durvalina.
UM POUCO SOBRE A VIDA E A MORTE DO CASAL DE CANGACEIROS
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Antônio
Ignácio da Silva (Tacaratu, 1 de
novembro de 1909 — Belo
Horizonte, 6 de setembro de 2010), mais conhecido
pela alcunha de Moreno,
foi um cangaceiro pertencente ao bando de Lampião e Maria Bonita. Após a morte deste, fugiu de Pernambuco e
adotou o pseudônimo de José Antônio Souto, fixando-se em Minas
Gerais. Foi um dos integrantes do bando com maior longevidade,
e um dos últimos a morrer.1 2
Filho de
Manuel Ignácio da Silva (o Jacaré) e Maria Joaquina de Jesus. Antônio perdeu o
pai na adolescência, quando este foi morto pela polícia nas
proximidades de São José do Belmonte, em uma suposta queima
de arquivo. Exerceu a profissão de barbeiro, mas seu desejo era ser soldado
da polícia. O sonho terminou quando foi preso e espancado por policiais de Brejo
Santo, após ser acusado injustamente de roubar um carneiro.
Libertado, matou o homem que o denunciou, que seria o verdadeiro ladrão.3
Foi contratado
por um proprietário rural para defender sua fazenda do ataque de cangaceiros,
mas terminou integrando-se ao grupo de Virgínio, cunhado de Lampião, de quem
tornou-se amigo. Na década
de 1930 casou-se com Durvalina Gomes de Sá, a Durvinha.
O casal teve um filho, que não pôde permanecer com o bando, pois seu choro
poderia denunciá-los. A criança foi deixada então com um padre, que a criou.1 3 4
Moreno era
conhecido por não gostar dos rifles de repetição americanos, muito usados na época e
ter, a sua disposição, um mosquetão.3
Dois anos após
a morte de Lampião, o casal fugiu para Minas
Gerais. Por precaução, Moreno passou a chamar-se José Antônio Souto, e
Durvalina tornou-se Jovina Maria. Estabeleceram-se na cidade de Augusto
de Lima, e prosperaram vendendo farinha. Tiveram
mais cinco filhos, e mudaram-se para Belo
Horizonte no final da década
de 1960.5
Ainda com medo
de serem descobertos e mortos, mantiveram o passado em segredo até para os
filhos. A situação manteve-se até meados da década
de 2000, quando a existência do primogênito foi revelada. Encontrado em 2005, Inácio Carvalho
Oliveira pôde finalmente reencontrar seus pais biológicos. Só então é que a
família conheceu a história do passado no cangaço; Durvinha morreu pouco tempo
depois.2 4 5
Deprimido com
a morte da esposa, a saúde de Moreno passou a ficar cada vez mais debilitada.
Ele morreu no dia 6 de setembro de 2010 em Belo
Horizonte, aos 100 anos de idade. Durante o sepultamento foi
realizada queima de fogos de artifício, a pedido do próprio Moreno,
que pensou que nunca teria uma cova; o temor de morrer como um cangaceiro, decapitado e
com o corpo deixado no mato, não o abandonou nos 70 anos que manteve seu
disfarce.2 5
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Jovina Maria
da Conceição Souto (Paulo Afonso, 1915 — Belo
Horizonte, 28 de junho de 2008) é pseudônimo de Durvalina
Gomes de Sá, conhecida também como Durvinha. Foi a última sobrevivente
(mulher) e integrante do grupo de cangaceiros de Lampião e Maria Bonita, sobrevivendo por mais de
setenta anos depois de escapar do ataque da Polícia de Alagoas ao
grupo em 28 de julho de 1938 usando seu
nome falso. Faleceu em decorrência de um AVC.
Durvalina era casada com
José Antônio Souto (nome falso do cangaceiro Moreno, cujo nome de batismo era Antônio
Ignácio da Silva), falecido em 6 de
setembro de 2010.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jovina_Maria_da_Concei%C3%A7%C3%A3o_Souto
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