Lampião e
seus cabras iniciaram o grande tiroteio, com mais rancor, diante da morte de
um dos integrantes do grupo. Verdadeira batalha estava sendo travada, entre os
Xavier e os Cabras de Lampião, cujos tiros quebraram jarras d´agua, derrubaram
paiol e jirau de queijo. Dezinho Xavier, Manoel reto e Pedro Dama seguraram o
fogo de frente evitando que Lampião chegasse ao terreiro da casa, enquanto
esperavam pelo pessoal que estava na Vila de Ipueiras, mas que já vinham ás
carreiras para sustentar o fogo.
Enquanto o
combate prosseguia, com tiros de ambos os lados, as mulheres rezavam e os
homens, não tinham tempo nem de urinar. Napoleão Pereira, em alto e bom
desafiava Lampião, dizendo: “ Cabra safado, um bandido como tu, eu te dou de
peia no umbigo, você está falando com Napoleão Pereira do Jardim do Ceará “. No
meio da aflição, Manoel Preto acalmava Dona Zefinha; “ Madrinha Zefinha, enquanto
a senhora ver este negro aqui, só tenha medo dos castigos de Deus “.
Lampião trazia
como refém, um camponês, amigo dos Xavier, Sr. Vicente Venâncio, além de Pedro
Vieira Cavalcante da cidade de Jardim-Ce, tendo exigido da família desse
último, 5 contos de réis para soltá-lo.
A hora crucial
se aproxima, o quadro torna-se dramático e nunca se sabia como iria terminar
tudo aquilo, apesar da resistência dos Xavier se fazer forte, com poucos homens
lutando e uma coragem inusitada.
Com a chegada,
na casa da Fazenda, dos que se encontravam na Vila de Ipueiras, entre eles,
destacou-se Gumercindo Xavier, homem de caráter admirável e coragem a toda
prova, a reação aumentou.
Fonte: facebook
Página: Virgulino Ferreira
DA Silva.
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