Por Sousa Neto
No dia 15 de
outubro de 1907 é assassinado de emboscada o Coronel Manoel Pereira da Silva
Jacobina (Padre Pereira), vítima de torpe vingança dos Carvalhos. O crime
aconteceu por volta das dez horas do dia, quando ele, de sua fazenda Poço da
Cerca, trajando calça e paletó de brim fluminense de quadrinhos e camisa de
igual tecido, a cavalo se encaminhava para a feira no vilarejo de São Francisco
quando três tiros de carabina, disparados de um serrote próximo, fez tombar da
montaria e rolar pelo chão.
Francisca Pereira da Silva - (dona Chiquinha)
No momento da fatal emboscada, sua esposa dona
Francisca Pereira da Silva (dona Chiquinha) ouviu o estampido dos tiros, mesmo
com o aviso feito por Joaquim Anselmo Maranhão, ela correu em direção do local
do crime, alcançando o seu marido ainda com vida, porém sem conseguir mais
dizer nenhuma palavra. Naquele momento, dona Chiquinha se dirigiu para José
Idelfonso e pediu para chamar os seus filhos e familiares.
Patente
de Coronel concedido a Padre Pereira em 1895.
Manoel Pereira da Silva Jacobina, (Padre Pereira) era filho de Francisco
Pereira da Silva (fundador da fazenda São Francisco em Vila Bela, mais tarde
vila do mesmo nome, teatro de tantas lutas entre Pereiras e Carvalhos) e de Ana
de Sá. Sua esposa dona Chiquinha (Francisca Pereira da Silva) era filha do
Barão do Pajeú.
O Padre Pereira e dona Chiquinha tiveram cinco filhos: Antônio
Pereira da Silva (Antônio Padre) casado com Ana Pereira de Araújo (Santa
Marôto); Luiz Pereira da Silva (Luiz Padre), tão conhecido em outras épocas no
sertão como seu primo Sinhô Pereira de quem foi amigo e companheiro;
Sinhô Pereira e Luiz Padre
Benjamim Pereira;
Maria Océria, primeira esposa de Crispim Pereira de Araújo (Ioiô Maroto) e Ana
Pereira. Padre Pereira recebeu esse apelido em virtude da sua passagem pelo
seminário de Olinda. Frustrada a carreira eclesiástica, resolveu voltar para o
sertão sem ser ordenado.
Padre Pereira tombou ferido com três balas e trinta caroços de chumbo. As balas pegaram duas no braço e uma abaixo do peito direito, saindo duas na região renal e atingindo um caroço de chumbo o olho direito. No local do crime foram identificadas pegadas ou rastos de três pessoas diferentes, sendo uma descalça e duas de alpercatas. Fonte: Portal Belmonte
Após o assassinato do esposo Dona Chiquinha Pereira veio residir no Sítio Carnaúba em Barro, a sombra do Major Zé Inácio. D. Chiquinha faleceu no final do ano de 1918 e foi sepultada no patamar da Igreja do Barro. Com Wilson Araujo Povoa Wilson Roberto Póvoa Juçara Araujo.
Fonte: facebook
Página: Sousa Neto
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