Virgolino
Ferreira da Silva, foi uma das pessoas mais inteligentes que passou pelas
quebradas do Sertão nordestino.
Ele usava
muito bem aquelas pessoas que viviam e conviviam em sua volta. Desde aquele que
apenas servia para dar recado até aqueles fornecedores de armas, munição e
alimento.
Virgolino, ao
longo do se ‘reinado’, conquistou, aí vem a ‘forma’ da conquista, que com
certeza foram de “n” maneiras, uma multidão de adeptos protetores em vários
lugares dos sete Estados por onde passou com sua horda.
Ele, para
sobreviver por tanto tempo, duas décadas, no ‘trono maior’ do cangaço, com
certeza tinha pessoas com poderes bastantes elevado dando-lhe proteção.
Abaixo,
contaremos a história da prisão de dois comerciantes, um da cidade de Floresta
e o outro da Vila Bela, hoje Serra Talhada, que eram fornecedores do bando de
Lampião.
Nosso amigo,
pesquisador/historiador Rostand
Medeiros , através das páginas do seu magnífico blog, tokdehistoria.com, nos conta a história da prisão de
Emiliano Novaes, naqueles idos tempos, assim:
“(...) o caso do comerciante Emiliano Novaes. Membro de uma proeminente família da cidade de Floresta, tido como amigo e coiteiro de Lampião, consta que chegou a cavalgar de arma na mão ao lado de cangaceiros. No livro de Luiz Bernardo Pericás, “Os cangaceiros: ensaio de interpretação histórica” existe a reprodução de um telegrama policial enviado pelo tenente Sólon Jardim, de Vila Bela para Recife (...)Informava o oficial que Emiliano Novaes estava chamando cangaceiros de várias partes para atacar a vila de Nazaré, onde viviam e se concentravam alguns dos maiores inimigos e mais tenazes perseguidores de Lampião.
O grupo de
Emiliano Ferraz era superior a 100 cangaceiros e entre suas ações consta que no
dia 29 de julho de 1926, no lugar Ingazeira, eles mataram o Soldado Cândido de
Souza Ferraz, de número 386, lotado na 1ª companhia, do 3º Batalhão de Vila
Bela. Consta que o Soldado Ferraz estava com a saúde debilitada e seguia para o
quartel quando foi covardemente assassinado (...). Pelo crime Emiliano Novaes
foi preso. Mas, em agosto de 1928, através do renomado Dr. Caetano Galhardo,
seu advogado, conseguiu o desaforamento de seu processo para o município do
Cabo, próximo a capital pernambucana. Depois o Dr. Galhardo impetrou uma ordem
de habeas corpus. Esta foi julgada em 21 de agosto, sendo o processo anulado
“Ab initio” e concedendo a liberdade ao acusado, que foi imediatamente solto
(...)”.
Sabemos nós
que esse é um único caso de um dos fornecedores. No entanto, com toda certeza
do mundo, ele foi muito bem abastecido durante todo seu tempo por muito e
muitos grandes e poderosos... Das quebradas do Sertão.
Fonte/foto
blog Ct.
Benjamin Abrahão
Benjamin Abrahão
Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira
Grupo: OFÍCIO DAS ESPINGARDAS
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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