Antonio de Souza Machado era natural do
Arcebispado de Braga, do Reino de Portugal, foram seus pais: João Vieira de
Souza Menezes e Da. Violante Maria Machado, naturais daquele Arcebispado. Ainda
moço, veio para o Brasil, fixando residência na Ribeira do Jaguaribe, da
Capitania do Ceará.
Ponte
ferroviária sobre o Rio Mossoró. Lugar onde Lampião e seu bando cruzaram o rio
em direção a Mossoró.
Na Freguesia de Russas, casou-se com Da. Rosa Fernandes, natural dessa Freguesia, filha legítima do português Domingos Fernandes, natural de Braga e de Da. Jerônima da Silva, natural do Rio Grande do Norte, Residindo Antonio de Souza Machado, no Vale de Mata Fresca, foi nomeado Sargento-mór, Comandante dessas paragens pelo Governo da Capitania do Ceará Grande.
Igreja de São Vicente em Mossoró que serviu de proteção para os resistentes contra o bando de cangaceiros Lampião,
Homem operoso e muito empreendedor estendeu-se pela Ribeira do Apodi, da Capitania do Rio Grande do Norte e situou fazendas de gado em “Grosso”, “Santa Luzia”, “Panela do Amaro”, etc. Em 1760 fixou residência em Grossos, edificando uma casa de taipa coberta de telha, vindo esta da Bahia.
Memorial
da Praça da Resistência, em Mossoró - RN
Segundo a tradição, invernava o Sargento-mór em “Santa Luzia”, de cuja fazenda rebanhava os gados para Grossos, a fim de fazer charqueada na Ilha das Oficinas, e exportar para as Capitanias de Pernambuco e Bahia.
Teatro Municipal Dix-huit Rosado Maia
Abastado, chegado à religião, no ano de 1772 requereu licença ao Visitador dos Sertões do Norte, Padre Inácio de Araújo Gondim, para edificar uma Capela em sua Fazenda “Santa Luzia” dedicada a Santa desse nome.
Igreja de Santa Luzia em Mossoró fundada pela esposa do fundador da cidade de Mossoró Rosa Fernandes
Feito o Patrimônio de uma légua de terra em quadro, no Sítio “Canto do Junco”,
por Domingos Fernandes e sua mulher Da. Jerônima da Silva, sogros do
Sargento-mór Souza Machado, e concedida à licença requerida, edificou este a
dita Capela em sua referida Fazenda Santa Luzia, nesse mesmo ano de 1772. Com a
edificação dessa Capela, a Fazenda de criar o Sargento-mór Souza Machado transformou-se
depois, em um arraial, pois não só este, como outros habitantes da Ribeira de
Mossoró, bem como os adventícios que para ali afluíam, edificaram casas, umas
cobertas de telha, outras de palha de carnaúba. Em princípio do Século XIX,
Millet de Saint Adolphe que andou por essas paragens, no seu Dicionário
Geographico do Brasil, publicado em 1845, classifica Santa Luzia de povoação e
Ayres do Casal, na sua Cronografia Brasílica publicada em 1817, classifica-se
de Arraial.
Diocese de Santa Luzia
Foi o Sargento-mór Souza Machado, por muitos anos, até a data de seu falecimento, procurador e fabriqueiro da capela por ele edificado, prestando suas contas aos padres do Apodi.
Antiga Estação de Trem de Mossoró
Isto se prova com o primitivo Livro de Tombo existente na Igreja de Mossoró. Juntamente com os seus filhos Domingos Fernandes de Souza e Felix Antonio de Souza, requereu e obteve o Sargento-mór Antonio de Souza Machado, no ano de 1788, do Governo da Capitania do Rio Grande do Norte, uma sesmaria de terras no Riacho do Juazeiro (hoje Riacho Grande), pegando dos cabeços da Serra de Mossoró até encontrar com terras de seu sítio Santa Luzia, contendo a mesma sesmaria três léguas, etc.
Estação das Artes de Mossoró
Diante dos documentos publicados na questão de limites, quer pelo lado do Ceará, que pelo lado do Rio Grande do Norte, prova-se que o velho Sargento-mór em tempo algum disputou a margem esquerda do Apodi para a Capitania do Ceará. Sendo ele o morador (em Grossos) em 1772 e requerendo licença para edificar a Capela em Santa Luzia, diz residir na Freguesia de N.S. da Conceição e de S. João batista, das várzeas do Apodi.
Museu municipal de Mossoró
Foi o Sargento-mór Antonio de Souza Machado, na margem esquerda do Apodi, grande proprietário de terras, de escravos, de gados, etc., e para a época, um homem importante.
Museu do Sertão de Mossoró - Particular - Benedito Vasconcelos Mendes proprietário
Pelos documentos encontrados nos arquivos públicos e tradição correta, foi ainda ele não só o edificador da Capela primitiva de S. Luzia, como também o fundador da Povoação do mesmo nome, hoje a importante Cidade de Mossoró. Faleceu em idade avançada, em Sítio Grossos, no ano de 1797, ignorando nós, onde fora sepultado o seu cadáver, se na Capela de Mata Fresca, ou na S. Luzia, por ele edificado.
Museu
do Sertão de Mossoró conta a história do nordeste com mais de 1.500 peças no
acervo - https://www.youtube.com/watch?v=v3O_pfImfL4
Em 1801, a viúva do Sargento-mór Antonio de Souza Machado, Da. Rosa Fernandes doou à S. Luzia um pedaço de terra dentro do perímetro da Povoação, tendo por limites os seguintes pontos: ao Nascente o Córrego da Calheira e ao poente as terras do defunto José da Costa de Oliveira Barca, que em Mossoró usava o nome de Manoel Ferreira. Assim declara a escritura de doação registrada no citado Livro da Igreja de Mossoró.
Museu
do Sertão resgata a história de vida do interior do nordeste - https://www.youtube.com/watch?v=eSdhmrbWLNk
De seu consórcio teve o Sargento-mór Souza Machado os seguintes filhos: Domingos Fernandes de Souza, Comandante Felix Antonio de Souza Machado, Luiz Fernandes de Souza, Manoel de Souza Machado, José de Souza Machado, Da. Antônia de Souza Machado, casada que foi com o Tenente Coronel Francisco Ferreira Souto, Da. Maria de Souza da Conceição, casada com o Sargento-mór Manoel José Rodrigues Braga, e Da. Violante de Souza Machado casada com Alexandre da Costa Pereira.
Fonte: facebook
Página: Lindomarcos Faustino
Grupo: Relembrando Mossoró
Ilustrado por: José Mendes Pereira
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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