Por Clerisvaldo B.
Chagas, 1 de abril de 2017 - Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.656
O alarde que
fizeram em Maceió, sobre o saguim encontrado morto no Bairro da Gruta, deixou a
população em polvorosa. E por mais ar de inocência que queira fazer, a TV
Gazeta sabia que uma notícia veiculada na TV tem enorme dimensão. Talvez para
causar sensacionalismo, querendo imitar em tudo as notícias negativas de outros
estados protagonizou a Careta do Saquim. Talvez a gazeta estivesse procurando
mesmo uma notícia sensacionalista, pois fala somente o dia todo, todo dia, de
buraco, lama e esgoto.
Ilustração
(salveoverde).
Depois da m...
Feita, vem os panos quentes para acalmar a população. Por sua vez, enxergamos
as autoridades apenas preocupadas com as carcaças dos animais mortos (falam em
dois) tentando detectar alguma coisa que confirme ou negue a febre amarela.
Também, depois de uma zoada da peste daquelas, a parte da Saúde corre que o só
o raio da silibrina para mostrar serviço.
"No
momento, a população não deve entrar em pânico. Não temos nenhum caso
confirmado de febre amarela aqui em humanos. No primata que foi encontrado em
setembro do ano passado o primeiro exame deu positivo. Mas existem três
técnicas que são responsáveis por esse laudo. As outras duas deram negativas.
Mesmo assim, iremos fazer uma contraprova. No momento, está descartada a febre
amarela neste primata".
Observem bem,
primata encontrado em setembro do ano passado. Encaramos tudo isso como uma
brincadeira de mau gosto e falta de responsabilidade em noticiários de peso.
Por outro lado
não vem sendo veiculadas notícias sobre Batalhão Ambiental, IMA ou qualquer
outro órgão responsável pela defesa da flora e da fauna. Na verdade, se tem
animais morrendo nas grotas de Maceió, a obrigação seria uma investigação
rigorosa em busca da causa. Tem gente envenenando os primatas? Chegou algum
predador diferente na área? Tem pessoas malvadas caçando por ali. Será a
escassez de comida que vem provocando as mortes? Fora os saguins, têm outros
animais aparecidos mortos?
Caso não
esteja havendo essa investigação em favor da nossa fauna urbana, demonstra uma
falha grave nos órgãos protetores. Isso até nos faz lembrar dois galegos
arruaceiros que havia no Bairro Camoxinga, em nossa cidade. Ficavam ambos no
lugar denominado Maracanã e quando um cidadão passava eles perguntavam se tinha
mosquito (um ditado da época). E se tivesse mosquito o pau cantava em qualquer
um dos passantes.
É de se
perguntar a Secretaria da Saúde e a TV Gazeta: Tem mosquito?
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