Brunna Silveira Lopes que veio transferida do RN para o Recife em busca de um coração, morreu na tarde deste domingo (7) — Foto: Reprodução/TV Globo.
De acordo com
a direção do IMIP, onde ocorreu a cirurgia, Brunna Silveira Lopes, de 7 anos,
morreu na tarde deste domingo (7).
Por G1 PE.
Morreu na
tarde deste domingo (7) a garota Brunna
Silveira Lopes, de 7 anos, que estava em estado grave após um
transplante de coração realizado no Instituto de Medicina Integral Fernando
Figueira (Imip), no Recife.
A menina
tinha uma cardiopatia grave e saiu do Rio Grande do Norte, onde
morava com a família, para se submeter ao procedimento cirúrgico.
Por meio de
nota, a direção do Imip informou que Brunna morreu no fim da tarde. A unidade
de saúde disse, ainda, que “prestou toda a assistência necessária para a
criança e para a família dela”.
Menina do RN
que fez transplante de coração no
Menina do RN
que fez transplante de coração no Imip passa por nova cirurgia
Brunna chegou
ao Recife, em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) na tarde de quarta-feira
(3), Ela veio para a capital pernambucana com a mãe, Núbia Barbosa, de 46 anos.
O transplante
ocorreu na madrugada da quinta-feira (4). Na tarde do mesmo dia, a garota
passou por uma nova cirurgia para conter um sangramento. (Veja vídeo
acima).
Em entrevista
ao G1, na quinta-feira, Núbia
disse que gostaria de conhecer a família do doador do coração. No
sábado (6), os três irmãos mais velhos e o pai visitaram a menina no Imip.
Antes de
conseguir o novo órgão, Brunna foi mantida viva por estar ligada a uma máquina
de "oxigenação por membrana extracorpórea", conhecida como ECMO.
Segundo o
médico Madson Vidal, que acompanhou a menina no Rio Grande do Norte, ela nasceu
com um problema chamado "transposição das grandes artérias" e passou
por um cirurgia paliativa ainda quando bebê.
Brunna, que é
paciente do Sistema Único de Saúde (SUS), sempre recebeu acompanhamento médico
pela sua condição, mas, nas últimas duas semanas, precisou passar por um novo
procedimento para melhorar a sua oxigenação, porque seu tom de pele estava cada
vez mais "roxo". Neste novo procedimento, no entanto, o coração não suportou
a circulação, segundo Vidal.
Aeronave da
FAB deixou Base Aérea de Natal no início da tarde, levando Bruna Silveira
Lopes, de 7 anos, para Recife — Foto: Klênyo Galvão/Inter TV Cabugi
Em busca do
transplante
O Imip foi
acionado pelo Sistema Nacional de Transplantes para receber Brunna e ela entrou
na lista de prioridade máxima para doação de coração. Antes disso, a Central
Nacional de Transplantes e a Justiça haviam negado autorização para o
transplante no Hospital Rio Grande, onde ela estava internada.
A situação
gerou um desabafo do médico Madson Vidal, que repercutiu redes sociais. Após
uma mobilização de vários órgãos, foi viabilizada a transferência de Brunna
para o Recife, em uma operação que envolveu 20 profissionais de diferentes
áreas.
Fila
Dados
divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), na quarta-feira (3),
apontam que mais
de mil pessoas estão na fila de espera para transplante de órgãos em Pernambuco.
O número, segundo o governo estadual, poderia ser menor, caso mais famílias
aceitassem doar os órgãos de entes falecidos.
Nos dois
primeiros meses do ano, o índice de recusa foi de 36%. Segundo a Central de
Transplantes de Pernambuco (CT-PE), um percentual aceitável de negativas
deveria ficar em torno de 30%.
Entre janeiro
e fevereiro de 2019, Pernambuco realizou 93 transplantes de órgãos sólidos,
entre coração (8), rim (56) e fígado (27) - um a mais que o mesmo período em
2018.
No Brasil, a
doação só pode ser efetuada com a autorização de um parente de até segundo
grau. De acordo com a pasta, a dificuldade em diminuir o número de pacientes na
fila de espera por transplantes está diretamente ligada à falta de informações
e preconceito.
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