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quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

O SORRISO MALDOSO DO CANGACEIRO E A AGONIA DO SARGENTO DE BOA FÉ.


Por João Filho de Paula Pessoa

Na histórica batalha de Serra Grande em 1926, em meio à loucura do combate, o Sarg. Arlindo Rocha ouviu gritos de socorro vindos por detrás de uma moita com pedras, gritava a voz que estava ferido e que não queria ser pego pelos Cangaceiros, imediatamente o corajoso sargento encaminhou-se ao resgate daquele soldado ferido, sua tropa tentou impedi-lo afirmando ser muito perigoso, mas ele disse que não permitiria que um soldado seu fosse sangrado por um Cangaceiro e seguiu decidido ao resgate daquele homem, ao chegar atrás da moita de onde vinham os gritos, foi surpreendido pelo Cangaceiro Caititu abaixado e sorrindo com o rifle em posição de tiro, atirando-lhe no rosto e fugindo aos risos. O Sargento de boa fé, com os queixos estraçalhados, caiu mas não morreu, conseguiu retornar ao batalhão e foi tratado, restou-lhe a decepção, uma deformação permanente no rosto, uma prótese de metal no queixo e o apelido de “queixo de prata”, prosseguindo firmemente em sua carreira militar. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 13/10/2019


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