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quinta-feira, 23 de abril de 2020

PRISÃO DA FAMÍLIA FERREIRA

Acervo do pesquisador José João Souza
FOTO DA FAMÍLIA DE LAMPIÃO: 1- Zé Paulo, primo; 2 -Venâncio Ferreira (tio); 3 - Sebastião Paulo, primo; 4 - Ezequiel, irmão; 5 João Ferreira, irmão; 6 -Pedro Queiroz, cunhado (casado com Maria Mocinha, que está à sua frente, sentada); 7- Francisco Paulo, primo; 8- Virgínio Fortunato da Silva, cunhado (casado com Angélica); 9 - Zé Dandão, (agregado da família); 10 - Antônio Ferreira, irmão; 11-Anália, irmã; 12 - Joaninha, cunhada (casada com João Ferreira); 13 -Maria Mocinha, ou Maria Queiroz, irmã; 14-Angélica, irmã e 15 – Lampião.

Quando Estácio Coimbra assumiu o governo de Pernambuco, tinha como planta forma eleitoral, exterminar Lampião e o cangaço. Para isso, colocou à frente da Secretária de Segurança Pública o bacharel Eurico de Souza de Leão, nesse período, começou uma grande perseguição à família Ferreira.
Em 20 de janeiro de 1927, diversos membros da família foram presos em Juazeiro do Norte e levados para Vila Bela debaixo de uma forte escolta policial. Os presos foram interrogados pelo Major Teofánes Torres e todos foram soltos, com exceção de João Ferreira, irmão de Lampião.

João foi enviado para Água Branca, em Alagoas, onde foi absolvido pelo júri, João estava sendo acusado de participar do ataque a Pariconha em 1921. Ao todo, ficou preso durante um ano e meio. Um dos resultados da perseguição à família Ferreira foi a entrada para o cangaço de Ezequel, o irmão mais moço de Lampião e de Virgínio, cunhado de Lampião.

Outros membros da família foram presos no Piauí, onde moravam, e foram levados para Pernambuco, onde o Major Teófanes Torres os submeteu a trabalhos forçados, na construção da igreja de Vila Bela (atual Serra Talhada). Nenhum dos parentes de Lampião foi condenado por qualquer delito.


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