Seguidores

sábado, 26 de agosto de 2023

MOACIR FRANCO EM MOSSORÓ

 Por José Mendes Pereira

Moacir Franco

Foi na década de 70, não me recordo o ano, Mossoró ainda era como uma mocinha que aos 13, 14 anos começa a sua formação, e aos poucos seu corpo vai tomando forma..., puberdade e..., assim, Mossoró dava um passo de desenvolvimento.

Os comentários sobre o artista estavam na boca da população. A juventude  agitada, não agitada, agitadíssima, e já se encontrava esperando o jovem artista Moacir Franco. As horas foram se passando e o cantor nada de aparecer no palco. Mas de momento a momento, o empresário do artista dava satisfação, informando que Moacir já se encontrava  em Mossoró, e logo subiria ao palco. 

Lá pras tantas, não mais apareceu o   empresário e nem tão pouco o artista subiu ao palco. A juventude perdeu a paciência e pôs-se a exigir que o artista se apresentasse.  Mas o mais engraçado e irritante, foi que depois que a bilheteria havia esgotado os ingressos, o suposto empresário do artista, apoderou-se do monte de dinheiro que rendera na bilheteria e deu no pé.

Agora era necessário que os organizadores dessem explicações ao público, já que não teriam outra solução. E, de imediato, alguns encarregados do show resolveram enfrentar os pagantes, informando-lhes que o empresário do artista havia se mandado com o dinheiro da bilheteria.

A comissão do espetáculo foi informada que um senhor com pinta de artista, pasta "007",  havia apanhado um táxi, e o destino teria sido São Sebastião, nos dias de hoje, Governador Dix-Sept Rosado, cidade próxima à Mossoró, cuja, fora invadida pelo bando de Lampião no dia 12 de junho de 1927.

Estes são os cangaceiros que entraram em Mossoró no dia 13 de junho de 1927.

Polícia acionada, Honda feita. Mas não foi tão difícil. O jovem trambiqueiro se perdeu em procurar uma cidade tão pequena quanto era São Sebastião. Em uma das pensões, como eram chamadas nos tempos de outrora, encontraram o suposto empresário do cantor Moacir Franco. No momento fazia o seu jantar, acompanhado de bebidas, e mais outros ingredientes necessários a um inexperiente ladrão.

Feita a prisão, dissera que era paulista, e estava no Rio Grande do Norte por mais de seis meses. Como não tinha condições para retornar a sua terra natal, havia adquirido uns cartazes do cantor, e a solução foi tentar ludibriar Mossoró, com uma possível apresentação do artista. 

Minhas Simples Histórias

Como eu escrevo histórias fictícias e não fictícias diferencie as minhas histórias verídicas das fictícias. Esta é real. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário