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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

LIVRO GARANTE QUE LAMPIÃO PASSOU SEUS ÚLTIMOS ANOS DE VIDA NO NORTE DE MINAS

Por: José Mendes Pereira


A história que segue sobre a não acontecida morte de Lampião no dia 28 de julho de 1938, na grota de Angico, no Estado de Sergipe, não é do historiador Avay Miranda, apenas ele fala do que escreveu o fotógrafo José Geraldo Aguiar.

 Avay Miranda (Brasília-DF) e Dário Cotrim (Montes Claros-MG)
Diz o historiador: "A morte do mais famoso cangaceiro brasileiro, Lampião, tem causado muitos debates, informações desencontradas e dúvidas, ao longo da história, desde aquele dia fatídico, 28 de julho de 1938, quando as forças policiais promoveram uma emboscada a um grupo de cangaceiros, na localidade de Angico, Município de Poço Redondo, no Estado de Sergipe, matando 11 pessoas e apresentando às autoridades suas cabeças, dizendo que se trata de Virgulino Ferreira da Silva, sua mulher Maria Bonita e de alguns seguidores.
A grande imprensa do país tem se dedicado ao assunto e nos últimos 15 anos vem noticiando que um fotógrafo de São Francisco estava fazendo pesquisa para publicar um livro, provando que Lampião não foi degolado naquele dia, mas, armou um esquema com as autoridades e fugiu para Minas Gerais, tendo residido em várias cidades do Norte Minério, usados diversos nomes e faleceu em 1993, na cidade de Buritis, no Noroeste de Minas Gerais".
Certo que Lampião fazia todo tipo de acordo quando se tratava de ser beneficiado. Mas ficar no coito esperando ser atacado pelos policiais para depois fugir, isso é invenção absurda.

 Os cangaceiros: 
 Sila,
Zé Sereno,
 o coiteiro Mané Félix,



o cangaceiro Balão...,

todos disseram que Lampião estava no coito. E para que Lampião se escondeu, já que todos os cangaceiros foram beneficiados com o indulto de Getúlio Vargas?
Continua o historiador: "Trata-se de José Geraldo Aguiar, 59 anos, que, como fotógrafo, em São Francisco, com muitos contatos, tomou conhecimento dos rumores na região de que Lampião estaria vivendo naquele Município.
José Geraldo Aguiar faleceu no dia 19 de maio de 2011
Passou a pesquisar e encontrou um homem sisudo, estranho, com um defeito no olho direito, usava óculos escuros e que não era de ter amigos. Procurou se aproximar daquela pessoa, travando conversas, puxando assunto, até que ficou sabendo de se tratar de João Teixeira Lima".
Quem domina um bando de delinguentes, tem que ter moral. Mas fora, todo marginal é descarado, até fazendo gracinha com as suas vítimas. Com certeza Lampião não era diferente. Em alguns momentos ele se abria.
Continua: "Os contatos foram aumentando. João Teixeira Lima passou a ter confiança em Geraldo Aguiar, como é conhecido em São Francisco. Muitas informações foram transmitidas ao fotógrafo, até que num determinado dia, João Teixeira confessou que era, na realidade, Virgulino Ferreira da Silva, narrando toda a história de sua vida e como ele renunciou ao cangaço e fugiu para Minas".
Se foi no momento do ataque, não há razão para ter renunciado, pois se ele  estava presente na madrugada da chacina, como afirmou os seus remanescente, não renunciou, saiu às carreiras.
Segue: "Certo dia, em 1992, Geraldo Aguiar disse para João Teixeira que queria escrever a sua história, para corrigir o equívoco daquele episódio de Angico".
Que equívoco é este, e o que ainda está faltando sobre a morte de Lampião em Angico?
Continua: "Ele disse: meu passado foi muito problemático, não posso aparecer. Faça o que for possível, mas, não anuncie nada antes da minha morte. Vou morrer no ano que vem. Deixo minha mulher autorizada a colaborar com você em tudo que for possível.”
Teria sido Lampião ou o espírita Zé Arigó, que sabia até o dia de sua morte?
Continua: "Realmente, João Teixeira Lima veio a falecer no ano seguinte, o óbito foi registrado em nome de Antônio Maria da Conceição e a sua então mulher, Severina Alves de Morais, conhecida por Firmina, outorgou procuração para José Geraldo Aguiar, prestou todas as informações necessárias e entregou documentos importantes".
De João Teixeira Lima passou para Antônio Maria da Conceição.
 Por que, se o conheciam como João Teixeira Lima o enterraram com outro nome?  
Segue: "Geraldo Aguiar pesquisou o assunto durante 17 anos, entrevistou dezenas de pessoas ligadas ao cangaço e terminou de escrever o livro, com o título “LAMPIÃO, o Invencível: duas vidas e duas mortes.” Na pesquisa, especialmente com as entrevistas com familiares de Lampião, Geraldo Aguiar conseguiu obter informações importantes e inéditas, que irão mudar o rumo da história do cangaço no Brasil".
Rumo para outra história do cangaço não existe mais. O que os escritores, pesquisadores e historiadores têm feito aos longos anos de estudos, não há mais espaço para criações de fatos inexistentes. 
Vamos deixar Lampião morto lá na Grota de Angico?

Observação:
Eu não me refiro ao escritor José Geraldo Aguiar, mas a este falso Lampião, que deu depoimentos como se fosse o famoso Virgulino. Se Lampião não tivesse se tornado um bandido famoso, ninguém queria ser Lampião.


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