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sexta-feira, 2 de março de 2012

Deputado José Airton (PT-CE): “A Paraíba presta justa homenagem a

Francisco Julião
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e a Agassiz Almeira, grandes brasileiros

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Integrado a um projeto de preservação da História e Memória do país, de personagens atingidos pela Ditadura Militar de 64 e que a ela resistiram, como Gregório Bezerra, Miguel Arraes, Djalma Maranhão, Elisabeth Teixeira, Agassiz Almeida, Paulo Cavalcanti, Seixas Dória, David Capistrano, Carlos Lamarca e Francisco Julião, entre outros, o deputado federal José Airton (PT-CE), interpretando este objetivo nacional ao qual se integra a  Comissão Nacional da Verdade, pronunciou, recentemente, na Câmara dos Deputados, discurso de apoio às homenagens que a Paraíba, através de várias Câmaras de Vereadores, prestou a Francisco Julião e Agassiz Almeida, ex- deputados federais, cujas atuações na vida pública dignificaram a nossa história, e que ademais marcaram com decisivo empenho o processo de organização das Ligas Camponesas, através das quais conseguiram conquistar avanços sociais e políticos para o homem do campo, até então um condenado por quatro séculos de latifúndio.

Acentuou o deputado cearense:

A Paraíba presta justa homenagem a esses grandes brasileiros por suas histórias de luta, pela resistência no enfrentamento à Ditadura Militar de 64, por incansável embate por justiça social, pela ruptura de velhas estruturas políticas e, sobretudo, porque desafiaram um sistema agrário de opressão contra milhões de camponeses.
               
Onde esses personagens, deputados estaduais à época, se fizeram arautos das grandes conquistas das classes trabalhadoras? Francisco Julião mobilizou a primeira greve de camponeses na história do país, em 1960. Ele foi advogado dos camponeses, escritor e fundador das Ligas Camponesas. Agassiz Almeida, após  inflamados discursos contra os latifundiários responsáveis pela morte de João Pedro Teixeira, em 1962, requereu à Assembleia Legislativa da Paraíba, Comissão Parlamentar de Inquérito- CPI, a fim de apurar os responsáveis  pela morte do líder camponês, e também apontou os criminosos  de Pedro Fazendeiro.

Há cerca de 50 anos, Agassiz Almeida e Francisco Julião defendiam a reforma agrária através das Ligas Camponesas e despertaram o país e amplos setores do exterior para o quadro de miséria em que se achava mergulhada a massa camponesa.

Encerrando, presto homenagem especial à memória de João Pedro Teixeira, cujo filho, Isaac Teixeira, médico formado em Cuba, no seu retorno ao país coordenou o Programa de Saúde da Família no município de Icapuí, Ceará, período em que eu exercia o mandato de prefeito.

Fonte: Dados colhidos nos Anais da Câmara dos Deputados.

Os homenageados

Francisco Julião. Escritor, advogado, ex-deputado estadual, ex-deputado federal. Teve o mandato de deputado  cassado com o Golpe Militar de 64, principal organizador e fundador das Ligas Camponesas.

Ações relevantes: Enfrentou o grupo do latifundiário José Lopes Siqueira. Participou juntamente com Fidel Castro e Leonel Brizola da luta pela derrubada da Ditadura Militar de 64. Em 31 de março de 1964, pronunciou célebre discurso contra o Golpe Militar.

Agassiz Almeida. Escritor, ex-deputado estadual e ex-deputado federal constituinte.  Com o Golpe Militar de 64, teve o mandato cassado.

Ações relevantes: Desafiou, ao final da década de 50, o coronelismo dos Heráclito do Rego, na região de Cabaceiras-PB. Em 1962, requereu CPI para apurar os responsáveis pelo assassinato de João Pedro Teixeira. Em setembro de 1987, participou de Assembleia Internacional, em Santiago, Chile, pela derrubada da ditadura de Pinochet.

Centro de Referência dos Direitos Humanos do Agreste da Paraíba - CRDHA.
             
Enviado para este blog por Jorge Brito 
  

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