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terça-feira, 27 de março de 2012

Forte concorrente

Estradeiro” Representa o RN no II Festival de Músicas do Cangaço
“Por Epitácio Andrade

Poema de Hélio Crisanto, musicado por Zeca Brasil, com interpretação da cantora Lysia Condé, “Estradeiro” está classificada para a final do II Festival de Músicas do Cangaço, que ocorrerá no próximo dia 28 de abril, na Estação do Forró, na cidade pernambucana de Serra Talhada, terra natal de Virgulino Ferreira da Silva, “Lampião”, o Rei do Cangaço.
Capa de Retrato Sertanejo de Hélio Crisanto
Reprodução:
“Estradeiro” está no livro Retrato Sertanejo, do poeta Hélio Crisanto, editado pela Supercopia Gráfica Express, de Santa Cruz, na região do Agreste Potiguar, no ano de 2008.
Hélio Crisanto com Gilberto Cardoso no palco 
Foto: Cedida  
“Na vereda do destino/ Já pisei muitos espinhos/ No lodo do meu caminho/ Tropecei entre o cascalho/ Sou terra seca no malho/ Semente que não germina/ Sou a luz da lamparina/Clareando a vastidão/ Sou a lua do sertão/ No decote da colina”.
A primeira estrofe da obra resume como o poeta define sua criação: “Estradeiro é um pouco da estrada da vida”.
Zeca Brasil, Dudé Viana e Epitácio Andrade 
Foto: Tiara Andrade
Musicada pelo laureado cantor Zeca Brasil, que na foto aparece com pesquisadores do cangaço, a segunda estrofe da poesia ilustra a sua harmonia com a música:
“Trago na mala/ A viola e o repente/ E o grito desse gente/ Que tem sede e quer o pão/ Numa nação/ Que despreza os desvalidos/ E a dor dos oprimidos/ Faz doer o coração”.
Epitácio Andrade, Gilberto Cardoso e Hélio Crisanto 
Foto: Lilian Holanda 
Não é a primeira vez que Hélio Crisanto incursiona pelo universo do cangaço. No período de 08 a 10 de julho do ano passado, em nossa companhia, juntamente com Gilberto Cardoso e outros cangaceirólogos, participou ativamente das atividades socioculturais do cortejo “Cangaço e Negritude”, por várias cidades do interior do Rio Grande do Norte e da Paraíba, como registra a foto da passagem pelo Instituto Cultural “Casa do Beradero”, do ativista cultural Chico César, em Catolé do Rocha.
A estrofe seguinte, com humor e arte, alude ao cangaço:
“Sou estradeiro / Sou o fogo do corisco / Sou faca que fez o risco/ No bucho de Lampião / Sou cantador, sou fulô que não se cheira / Sou raiz da catingueira / Ressequida pelo chão”.
“Não sou herói/Bandoleiro ou vagabundo/Carrego as dores do mundo/Nos meus ombros de menino/Fujo a galope nas asas da ventania/Meia noite, meio dia/Vou correndo em desatino”,
Cantora Lysia Condé.  Reprodução
Conclui-se o poema “Estradeiro”, de Hélio Crianto, cuja música de Zeca Brasil, parece ter sido criada para a graciosidade e suavidade da intérprete Lysia Condé.
Que tal uma audição?

Extraído do blog: "Lampião Aceso"

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