Resumo
A abolição legal da escravidão em 1888 não significou a extinção de relações de trabalho baseadas nos códigos de sujeição, de coação, de controle do tempo, e a plena autonomia dos trabalhadores. A classe trabalhadora em todo o Brasil, mesmo depois de decretada o fim da escravidão, teve que lutar por um trabalho, de fato livre, com mais autonomia, liberdade, dignidade e direitos. Pretende-se, assim, abordar a história dos trabalhadores ferroviários da Bahia, no período pós-abolição e nos anos iniciais do período republicano, destacando os conflitos, impasses e as lutas empreendidas por esses trabalhadores contra as formas de exploração, subjugação e de controle de força de trabalho. Os ferroviários baianos, assim como observado em outros setores da classe trabalhadora brasileira, resistiram bravamente às formas de exploração, às relações de trabalho que lembravam o regime escravista e às tentativas abertas e veladas de manter sob o domínio as suas liberdades e o seu trabalho.
Robério S. Souza- UNEB/UNICAMP
Local: sala Kátia Mattoso, 3º andar da Biblioteca Pública do Estado da Bahia
Data: 21 de maio de 2012
Horário: 17h
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