O Seminário
"Cariri Cangaço Parayba" aconteceu nos dias 15 e 16 de Junho, no
auditório da UFCG em Sousa e no Centro Social em Nazarezinho. O evento é uma
extensão do Seminário Cariri Cangaço e teve como parceiros o Núcleo de Extensão
e Pesquisa Acadêmica – NEPA e o Grupo de Estudos de Direitos Humanos da
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cajazeiras – FAFIC.
Centro
Cultural do Banco do Nordeste em Sousa
O Centro
Cultural do Banco do Nordeste, na cidade de Sousa, comemora seis anos de
existência. Uma programação especial com apresentações teatrais, debates,
exposições de artes e exibição de filmes está sendo executada durante todo o
mês de junho nas cidades de Sousa e mais oito municípios do sertão da Paraíba.
No final de
semana dos dias 15 e 16 de junho o Centro Cultural promoveu o Seminário “Cariri
Cangaço Parayba” com a realização de debates e exposições de documentos
históricos sobre a atuação dos cangaceiros e a expansão do banditismo em
determinado período do nordeste brasileiro, com foco nas cidades de Sousa e
Nazarezinho.
O evento teve início às 14h00 do sábado (15) no auditório do Campus III, unidade I da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), no centro da cidade de Sousa. Professores e estudiosos da Paraíba e de outros estados estiveram discutindo o movimento social conhecido como cangaço sob os mais diversos ângulos, contemplando aspectos históricos, políticos, culturais, religiosos e jurídicos.
Os debates estiveram mais voltados para a figura do Cangaceiro Chico Pereira,
natural da cidade de Nazarezinho, município distante 29 km da cidade de Sousa.
A história do maior cangaceiro do estado da Paraíba se passa na década de 20,
quando o seu pai é barbaramente assassinado. O acusado do crime é preso pela
polícia, mas por conta de influências políticas da época é libertado pouco
tempo depois.
Chico Pereira
não se conforma com a injustiça e abandona a vida de homem pacato e ordeiro
para se tornar um dos cangaceiros mais respeitados do nordeste, até pelo
renomado cangaceiro, Lampião.
O evento
promovido pelo Centro Cultural de Sousa tem o apoio do Grupo Cariri Cangaço e
da Prefeitura de Nazarezinho. No primeiro dia de debates sobre o fenômeno
social que foi o Cangaço, estiveram presentes estudiosos do Rio Grande do
Norte, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Bahia e Distrito Federal.
O primeiro debate foi mediado pelo advogado e ativista cultural, César Nóbrega
que teve a mesa redonda com a temática “Homem, terra, religiosidade,
sertão e cangaço: a construção histórica da figura do cangaceiro”. Ainda
no sábado foi exibido o documentário “A violência oficializada no tempo do
Cangaço”, produzido pela empresa Laser Filmes.
No domingo a programação teve sequencia na cidade de Nazarezinho, palco da saga do Cangaceiro Chico Pereira. Na parte da manhã houve uma visita técnica a casa do Jacu e casa de “Seu Abdias Pereira”, que fizeram parte do cenário que foi palco para as ações dos cangaceiros no início do século XX. Na sequência das atividades, foi exibido o documentário “Na cabeça do povo”, produzido pela cineasta Helena Maria Pereira. Já a mesa de debate contará como tem, “O cangaço como caracterizador da cultura sertaneja e a importância da cultura material, como elemento transformador da identidade de um povo”.
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George Wagner
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