Chegou na
cidadezinha pela manhã numa caminhonete novinha em folha, vestido com uniforme
do Instituto Nacional de Pesos e Medidas. Foi direto ao Mercado Público
Central. Entrou, e em uma banca de carne, bateu o martelo sobre um balcão,
identificando-se:
- Sou Pedro Carrasco, fiscal do Instituto Nacional de Pesos e Medidas. Qualquer comprovação de irregularidade em balanças neste mercado – dizia o fiscal irritadíssimo - além da multa aplicada correspondente a dois salários mínimos, irá preso.
- Sou Pedro Carrasco, fiscal do Instituto Nacional de Pesos e Medidas. Qualquer comprovação de irregularidade em balanças neste mercado – dizia o fiscal irritadíssimo - além da multa aplicada correspondente a dois salários mínimos, irá preso.
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Os marchantes
estavam diante de uma autoridade federal, e que Deus os acudisse. Alguns deles
não valiam um tiquinho da consciência dos honestos. E havia até boatos que ali
existiam marchantes de confiança mesmo, mas uma boa parte alterava as
suas balanças, colocando pesos de duzentos gramas sob o prato que colocavam as
mercadorias para pesar.
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Os fregueses
que no momento viam de perto um fiscal de consumo estavam felissíssimos.
Finalmente chegara um filho de Deus para fiscalizar a roubalheira de
comerciantes safados, malandros, oportunistas, que além de enganarem os seus
fregueses, não tinham o mínimo respeito por eles.
O seu Thomaz nem batia a passarinha. Se falassem em homens honestos ele estava naquele rol. Sua balança era aferida de seis em seis meses no próprio Instituto Nacional de Pesos e Medidas, lá na capital do Estado.
O fiscal além de nervoso, cuidadosamente examinava todas as Balanças.
- Esta daqui - dizia o nervoso fiscal ao seu ajudante – leva-a e ponha na caminhonete.
E voltando-se para o marchante disse:
- A multa é referente a dois salários mínimos.
- Mas seu fiscal, é isso tudo que tenho que pagar?
- Que seu fiscal que nada, seu covarde! Enganando à sua clientela, e ainda quer ter razão, não é seu descarado?
E arrastando o talão, fez a multa, e em seguida entregou-a dizendo-lhe:
- Passa para cá o dinheiro da multa! Eu espero que na próxima vez que eu passar por aqui, sua balança esteja perfeita, aferida e com o selo do "INPM". Do contrário você irá ver o sol nascer pontudo.
E caminhou o fiscal em gritos, ordenando que ninguém escondesse a sua balança, e a colocasse sobre o balcão para facilitar o seu trabalho.
No café da Corina os seus fregueses assistiam de perto aquela humilhação feita pelo fiscal, e estavam de peitos lavados.
- Assim, sim! – Fazia o Josué, um dos ajudantes no café da Corina - Com esta pressão toda do fiscal do "INPM", nenhum comerciante terá coragem de fazer alterações em sua balança, roubando-nos.
Todos presentes, menos os marchantes, já se orgulhavam, dizendo que a cidade estava se desenvolvendo. Nunca havia chegado tal fiscal, agora aparecera um protetor para a população.
O fiscal caminhava mantendo a sua autoridade. E ao ver a balança do Demétrius suja, imunda, virando-a, viu um peso de duzentos gramas amarrado com cordão na parte inferior. E já saiu cobrindo o marchante com braceadas e pontapés.
alcoutimlivre.blogspot.com
O seu Thomaz nem batia a passarinha. Se falassem em homens honestos ele estava naquele rol. Sua balança era aferida de seis em seis meses no próprio Instituto Nacional de Pesos e Medidas, lá na capital do Estado.
O fiscal além de nervoso, cuidadosamente examinava todas as Balanças.
- Esta daqui - dizia o nervoso fiscal ao seu ajudante – leva-a e ponha na caminhonete.
E voltando-se para o marchante disse:
- A multa é referente a dois salários mínimos.
- Mas seu fiscal, é isso tudo que tenho que pagar?
- Que seu fiscal que nada, seu covarde! Enganando à sua clientela, e ainda quer ter razão, não é seu descarado?
E arrastando o talão, fez a multa, e em seguida entregou-a dizendo-lhe:
- Passa para cá o dinheiro da multa! Eu espero que na próxima vez que eu passar por aqui, sua balança esteja perfeita, aferida e com o selo do "INPM". Do contrário você irá ver o sol nascer pontudo.
E caminhou o fiscal em gritos, ordenando que ninguém escondesse a sua balança, e a colocasse sobre o balcão para facilitar o seu trabalho.
No café da Corina os seus fregueses assistiam de perto aquela humilhação feita pelo fiscal, e estavam de peitos lavados.
- Assim, sim! – Fazia o Josué, um dos ajudantes no café da Corina - Com esta pressão toda do fiscal do "INPM", nenhum comerciante terá coragem de fazer alterações em sua balança, roubando-nos.
Todos presentes, menos os marchantes, já se orgulhavam, dizendo que a cidade estava se desenvolvendo. Nunca havia chegado tal fiscal, agora aparecera um protetor para a população.
O fiscal caminhava mantendo a sua autoridade. E ao ver a balança do Demétrius suja, imunda, virando-a, viu um peso de duzentos gramas amarrado com cordão na parte inferior. E já saiu cobrindo o marchante com braceadas e pontapés.
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O apanhador pedia-lhe que batesse devagar para não quebrar as suas costelas.
Mas o castigador estava com o cão nos couros dizendo-lhe:
- Que devagar que nada, seu malandro! Você está pensando que eu estou com brincadeiras?
Após o grande
castigo obrigou-o a levar uma balança romana com pesos e tudo sobre a cabeça. O
marchante reclamava, alegando que não tinha forças para pegar aquele peso. Mas
tinha que levar, afinal estava diante de uma autoridade. E ele estava usando um
grande desrespeito contra os seus fregueses.
Quando o fiscal terminou as aferições nas balanças dos marchantes, os seus
bolsos vomitavam dinheiro. Também pudera! Eram muitas balanças, e apenas duas
estavam de acordo com as suas exigências.
Mas o fiscal estava prestes a se atrapalhar. De imediato a polícia cercou o mercado, e com poucos minutos o suposto fiscal e seu ajudante estavam dentro do camburão da polícia. Ambos haviam tomado de assalto todos os equipamentos dos fiscais do "INPM", inclusive fardas e a caminhonete Ford.
Mas o fiscal estava prestes a se atrapalhar. De imediato a polícia cercou o mercado, e com poucos minutos o suposto fiscal e seu ajudante estavam dentro do camburão da polícia. Ambos haviam tomado de assalto todos os equipamentos dos fiscais do "INPM", inclusive fardas e a caminhonete Ford.
Minhas Simples
Histórias
Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.
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Fonte:
http://minhasimpleshistorias.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
MENDES, SEU IMAGINÁRIO FISCAL E A BALANÇA DE PESO ÀS ESCONDIDAS. Mais uma crônica de sempre para revitalizar seus neurônios e os meus também.
ResponderExcluirE a chuva, chegou por aí na nossa querida Mossoró, como chegou aqui em minha terra e nas terras do nosso amigo Rangel - Aracajú? Creio que sim.
Abraços,
Antonio Oliveira - Serrinha-Ba.