Por Geraldo Maia do nascimento
Os velhos
casarões, que ao longo dos anos vêm desafiando a ação do tempo e do homem,
guardam em suas estruturas histórias de um passado grandioso, onde homens
bem-sucedidos no comércio ou na indústria, promoviam bailes e banquetes
luxuosos para a sociedade mossoroense. O palacete do industrial Antônio
Florêncio de Almeida é um exemplo disso.
Quem olha para
o prédio onde hoje funciona a Secretaria de Finanças do município, não imagina
que em outros tempos seus salões serviram para abrigar por várias vezes a
sociedade mossoroense em suntuosos bailes e luxuosos banquetes, como nos
informa o historiador Raimundo Soares de Brito em sua plaquete "Casarões e
Monumentos contam a história - Coleção Mossoroense - série B - 1991.
Construída em
1930 para servir de residência ao seu proprietário, o industrial Antônio
Florêncio de Almeida, teve como construtor o exímio mestre de obras Joãozinho
de Zuza que, a exemplo de Francisco Paulino, João Dias e outros da mesma estirpe,
tanto contribuíram para o embelezamento da cidade, à época em que viveram.
O prédio tem
uma particularidade: foi o primeiro a ser construído em Mossoró utilizando-se
em suas estruturas, vigas de cimento armado. É, a bem dizer, um marco no setor
de construção civil da cidade de Mossoró.
Além da
Secretaria de Finanças, o prédio já foi sede da prefeitura municipal,
durante as gestões dos prefeitos Antônio Rodrigues e Raimundo Soares de
Souza, além de ter sido também sede da Câmara Municipal.
Outro prédio
de grande importância para a história de Mossoró é onde funciona hoje a
prefeitura municipal, o conhecido Palácio da Resistência. Era a casa do
prefeito Rodolfo Fernandes e foi, durante o ataque de Lampião a Mossoró em 13
junho de 1927, a principal trincheira da resistência, daí o título. A
trincheira ali improvisada, sob o comando do prefeito Rodolfo Fernandes,
"foi a fortaleza inexpugnável que maior resistência ofereceu ao grupo de
invasores", segundo Raimundo Soares de Brito. Lá foi instalado o QG da
grande batalha.
A mansão do
Coronel Rodolfo Fernandes foi construída no início da década de 20 para servir
de residência ao seu proprietário. Ali também morou Duarte Filho, médico,
político e figura de destaque que morreu como Senador da República. Nesse
período, o velho casarão hospedou figuras ilustres e foi palco de reuniões
políticas em campanhas memoráveis.
Buscamos
informação sobre este casarão na obra de Raul Fernandes, filho de Rodolfo
Fernandes, que dele fala em seu livro "A Marcha de Lampião - Assalto a
Mossoró". Descreve Raul: - "Mansão sem estilo definido, de oitões
livres e altas colunas nas varandas, aparecia imponente, senhorial. Tinha cinco
amplos quartos, sala de estar, de visita e de jantar, afora as demais
dependências. Encravada no quarteirão, limitava-se à direita, com a
moradia da esquina, na praça da Igreja de São Vicente de Paulo e, a esquerda,
com um bloco de habitações conjugadas. O enorme quintal era dividido ao meio.
Na frente, situava-se o prédio e atrás o curral do gado leiteiro e a garagem. Defronte
da garagem, passava a linha férrea".
Por ter
servido de cenário para o episódio do ataque de Lampião a Mossoró, sendo ali
montada a principal trincheira contra os invasores, é que Dix-huit Rosado Maia,
quando prefeito, para ali transferiu a sede do Executivo Municipal com o nome
de Palácio da Resistência.
(Para
conhecer mais sobre a história de Mossoró visite o site: w
ww.mossoro.cjb.net)
ww.mossoro.cjb.net)
http://www2.uol.com.br/omossoroense/061202/nhistoria.htm
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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