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domingo, 25 de janeiro de 2015

“A ARMA DOS SONHOS DE LAMPIÃO” PISTOLA MAUSER C96


Um dos enganos mais comuns que existem no imaginário popular é o de que foi Peter Paul Mauser o projetista da pistola C96. Paul Mauser tinha, sob sua responsabilidade, a Waffenfabrik Mauser, um complexo fabril de alta tecnologia, herdado de seu pai, de onde saíram os mais famosos e bem sucedidos fuzís militares de repetição de que se tem notícia. Paul Mauser nasceu em Oberndorf, perto do rio Neckar, Alemanha, em 27 de junho de 1838 e faleceu em maio de 1914. 

O clipe carregador da Mauser C96 com 10 cartuchos calibre 7,63mm, fabricação da DWM

Em 1871, ele se seu irmão Wilhelm desenharam um dos primeiros fuzís militares com ação de ferrolho, 0 modelo 1871, de um só tiro, em calibre 11x60R, com uso de pólvora negra(...)por volta de 1894, os irmãos Feederle já tinham um esboço da pistola, a qual inicialmente usaria o cartucho 7,65 mm X 25 oriundo da pistola projetada um pouco antes por Hugo Borchardt, em 1893 e cuja evolução, quando nas mãos de Georg Luger, iria levá-la a se tornar a famosíssima pistola Parabellum (Luger)(...) Alguns autores costumam relatar que ao tomar conhecimento dos primeiros desenhos e do projeto em si, Paul Mauser havia torcido o nariz. Afinal, tratava-se de algo inteiramente novo para ele e para a Mauser; apesar do primeiro impacto negativo, ainda assim mandou que tocassem o projeto para a frente. 

Magnífico exemplar de uma C96 “large-ring hammer” e armação sem as usinagens dos rebaixos, tipo “Slab-Side”

Em 11 de dezembro de 1895, depois de excelentes resultados obtidos em testes, Paul Mauser registrou sua patente na Alemanha sob Nº 90430. Em seguida, ampliou os direitos de patente para inúmeros países do mundo, inclusive no Brasil, onde registrou sob Nº 2088 em 28 de julho de 1896(...)Depois de diversas modificações e de mais alguns protótipos testados, um modelo de transição foi fabricado em dezembro de 1895. Em fevereiro de 1896, o grupo desenvolvedor convenceu Paul Mauser de que a arma poderia ser lançada comercialmente e entrar em linha de produção. Tanto o mercado civil como o militar de diversos países estavam na mira do pessoal da Mauser. Com o aval de Mauser, a fábrica começou a fabricar a pistola em série, denominada oficialmente de C96 (“Construktion 96″). Neste primeiro instante, decidiu-se pela fabricação de modelos com carregadores fixos de 6, 10 e 20 cartuchos (Obs: todos os carregadores das C96 são fixos e bifilares (cartuchos alinhados aos pares), exceto nas últimas versões) e estabelecer uma mudança fundamental no cartucho empregado(...)Optou-se por manter as dimensões do cartucho 7,65 X 25 da pistola Borchardt, mas como a C96 oferecia uma maior resistência mecânica e uma trava de culatra muito reforçada, alterou-se a carga de pólvora então empregada e fez-se modificações no peso do projétil, criando-se assim o cartucho 7,63mm Mauser (...)


A EVOLUÇÃO 

Devido à grande variedade de versões feitas especificamente para cumprir contratos com diversos países, inclusive modificações solicitadas pelos clientes, fica inviável expor todas as variações aqui, em detalhes. 
Nossa intenção neste artigo é fornecer um panorama geral dos principais modelos mais importantes, fornecendo ao leitor subsídios para uma identificação correta de uma peça que venha, porventura, a avaliar.


Uma versão da pistola que se sobressaía em relação às demais era a carabina, que foi produzida em bem menor quantidade do que as pistolas e que já trazia a coronha de madeira com a empunhadura integrada, embora ela pudesse ser destacada da armação para facilitar o armazenamento. A coronha das carabinas, ao contrário das que acompanhavam as pistolas, não servia como alojamento para guardar a arma.


Caixa com 50 cartuchos, datada de 1918, da empresa alemã RWS.

Os canos eram fornecidos com 30 cm ou com 37 cm de comprimento, e foram fabricadas desde 1899 até 1920. O alcance efetivo dessas carabinas era muito maior do que o das pistolas, abrangendo cerca de 100 a 200 metros(...)”.

Fonte e fotos armasonline.org


O CANGAÇO ‘RECANTO DA HISTÓRIA’
Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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