João Pessoa
Cavalcanti de Albuquerque (Umbuzeiro, 24 de
janeiro de 1878 — Recife, 26 de julho de 1930) foi um advogado e político brasileiro.1 Era
sobrinho de Epitácio Pessoa, presidente da República (1919-1922). Foi
auditor-geral da Marinha, ministro da Junta de Justiça Militar,
ministro do Superior Tribunal Militar e
presidente da Paraíba(1928-1930).
Foi candidato em 1930 a vice-presidente na chapa de Getúlio
Vargas, mas perderam para à chapa governista, encabeçada por Júlio
Prestes.
João Duarte Dantas assassino de João Pessoa - http://tokdehistoria.com.br/2014/08/02/o-pai-de-ariano-suassuna-quem-foi-joao-suassuna-como-se-deu-a-sua-morte-e-como-este-fato-influenciou-a-vida-e-a-obra-do-seu-filho-ariano/
Seu
assassinato, na Confeitaria Glória, no Recife, por João
Dantas, enquanto ainda era governador, é considerado uma das causas da Revolução de 1930, que depôs o presidente Washington
Luís e levou ao poder Getúlio Vargas.2
Foi em sua
homenagem que a partir do dia 4 de
setembro de 1930, a capital do estado da Paraíba, antes denominada de "Parahyba",
passou a se chamar João Pessoa.3
Filho de
Cândido Clementino Cavalcanti de Albuquerque e Maria de Lucena Pessoa (irmã do
ex-presidente da República Epitácio
Pessoa), fez seus primeiros estudos em Umbuzeiro. Em 1889 foi levado para a cidade deGuarabira, no
brejo paraibano, por sua tia paterna, Feliciana Cavalcanti de Albuquerque Paes
Barreto casada com o capitão do exército Emílio Barreto. Com a transferência do
tio para o Rio de Janeiro foi morar na capital federal,
mudando em seguida para o estado da Bahia4 .
Em 1894, João Pessoa volta a Paraíba, ingressa no Lyceu Paraibano e incorpora
voluntariamente no 27º Batalhão de Infantaria. Após várias mudanças, chega ao Recife onde
graduou-se como bacharel em Direito na Faculdade de Direito do Recife em 19041.
Nessa mesma turma se formou Clodomir Cardoso (1879-1953), jurista e político
maranhense. Passou algum tempo de sua vida nos estados do Rio
de Janeiroe do Pará.
Em 1905 casa-se com
Maria Luiza de Souza Leão Gonçalves, filha do senador, ex-governador e desembargador Sigismundo
Antônio Gonçalves.
Foi Ministro
civil do Superior Tribunal Militar, do qual
aposentou para se candidatar a Presidente do estado da Paraíba.
Negou o seu apoio
ao candidato oficial à presidência da República Júlio
Prestes, em 29 de julho de 1929. Mais tarde compôs
com Getúlio Vargas a chapa de oposição à
presidência da República para as eleições de 1 de
março de 1930.4
Quando ainda
presidente do estado da Paraíba, já candidato a vice-presidente da República, foi
assassinado no centro do Recife, na Rua Nova, precisamente na Confeitaria Glória, por João Duarte Dantas, seu adversário político,
jornalista, cuja residência fora invadida por elementos da polícia,
supostamente a mando de João Pessoa, que culminou com a publicação nos jornais
da capital do estado de cartas íntimas trocadas com a professora Anaíde
Beiriz.
Em seu governo
(1928-1930) promoveu uma reforma na estrutura político-administrativa do estado
e, para enfrentar as dificuldades financeiras, instituiu a tributação sobre o
comércio realizado entre o interior paraibano e o porto de Recife, até então
livre de impostos. Essa medida contribuiu para o saneamento financeiro do
estado, mas gerou grande descontentamento entre os fazendeiros do interior,
como o coronel José Pereira de Lima,
chefe político do município de Princesa, na Paraíba, e com forte
influência sobre a política estadual (João Dantas era seu aliado).1
O seu legado
histórico desperta certa polêmica. Os defensores de João Pessoa alegam que ele
foi um combatente dasoligarquias locais e se contrapunha a interesses de
grupos tradicionais, embora ele mesmo proviesse de família de oligarcas.
João Pessoa - Foto colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio
O fato é que a
morte do presidente João Pessoa foi o estopim para
a revolução de 1930. Seu corpo foi embalsamado no Recife e
transportado para a capital paraibana por via férrea, onde chegou ao
meio-dia do dia 28 de julho. O esquife ficou exposto à visitação
pública na Catedral Basílica de Nossa
Senhora das Neves1 ,
até o dia 01 de agosto, quando foi transportado ao porto
de Cabedelo para ser sepultado no Rio de Janeiro.
No ano de 1997 as cinzas do
presidente João Pessoa e de sua esposa, Maria Luíza, foram transportadas para a
capital paraibana e colocadas em um mausoléu construído entre o Palácio do
Governo e a Faculdade de Direito da Universidade Federal da Paraíba.4
A cidade de João
Pessoa é assim denominada em sua memória. Antes chamada "Parahyba",
a capital teve o seu nome alterado, logo após o assassinato do presidente, fato
histórico que levou Getúlio Vargas ao poder. Naquele período, foram perseguidos
e mortos muitos opositores ao grupo político de que Pessoa fazia parte. O
momento de exceção em que se deu a homenagem, entre outras razões,
justificaria, segundo alguns pessoenses, a discussão sobre uma nova alteração
na denominação da cidade4 .
O telegrama do
"Nego"
"Paraíba,
29-julho-1929
Deputado
Tavares Cavalcanti:
Reunido o
diretório do partido, sob minha presidência política, resolveu unanimemente não
apoiar a candidatura do eminente Sr. Júlio Prestes à sucessão presidencial da
República. Peço comunicar essa solução ao líder da Maioria, em resposta à sua
consulta sobre a atitude da Paraíba.
Queira
transmitir aos demais membros da bancada essa deliberação do Partido, que
conto, todos apoiarão, com a solidariedade sempre assegurada.
Saudações:
João Pessoa,
Presidente do Estado da Paraíba."
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Pessoa_Cavalcanti_de_Albuquerque
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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