Por Clerisvaldo B.
Chagas, 10 de março de 2015 - Crônica Nº
1.383
Cumpriu a sua
missão na terra com dignidade, brilhou a vida inteira e honrou o solo
brasileiro. Tudo o que se disser sobre Ignez Magdalena Aranha de Lima (Inezita
Barroso) ainda tem o que se dizer. Partiu aos 90 anos com o peito cheio de amor
pela música sertaneja de raiz. Um presente real que o paraíso ganhou; uma
lembrança eterna, iluminada, cheia de doçura que fica no país tropical.
“Ignez
Magdalena Aranha de Lima, nome de batismo de Inezita Barroso, nasceu em 4 de
março de 1925, no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Filha de família
tradicional paulistana, passou a infância cercada por influências musicais
diversas, mas foi na fazenda da família, no interior paulista, que desenvolveu
seu amor pela música caipira e pelas tradições populares. Começou a cantar e a
estudar violão aos 7 anos.
Formada em
Biblioteconomia na Universidade de São Paulo (USP), Inezita foi uma grande
pesquisadora da música caipira brasileira. Por conta própria, percorreu o
interior do Brasil resgatando histórias e canções. Reconhecida por este
trabalho, foi convidada a dar aulas sobre folclore em uma universidade
paulista. Pelo seu trabalho como folclorista, e por ser uma enciclopédia viva
da música caipira e do folclore nacional, recebeu o título de ‘doutoraHonoris
Causa em Folclore’ pela Universidade de Lisboa.
Foi a primeira
mulher a gravar uma moda de viola e era considerada a grande dama da música de
raiz.
Na televisão,
sua carreira começou com a TV Record, onde foi a primeira cantora contratada.
Depois passou pela extinta TV Tupy e outras emissoras, até chegar à TV Cultura
para comandar por mais de 30 anos o Viola, Minha Viola”.
Respeitada
dentro e fora do Brasil, admirada, respeitada, líder musical, humilde e
valorosa, Deus deve ter dito: “Tá bom Inezita, nota dez para o seu trabalho,
retorne à base, minha filha”.
Ignez era uma
estrela de primeira grandeza que veio iluminar a Terra por 90 anos.
Perdi a minha
musa de “Viola, Minha Viola”.
Um céu para
Inezita.
NÃO PERCA
QUINTA E SEXTA: POLÍTICA SANTANENSE; O QUE SE COMENTA NAS RUAS PARA AS PRÓXIMAS
ELEIÇÕES.
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É verdade nobre escritor Clerisvaldo, o Brasil perdeu ALGUÉM que sabia o que era a boa música. GRANDE ENEZITA BARROSO, você cumpriu sua função no Planeta Terra.
ResponderExcluirAntonio Oliveira - Serrinha - Ba.