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quinta-feira, 16 de julho de 2015

A CANGACEIRA DADÁ - COMPANHEIRA DE CORISCO

Por: José Mendes Pereira
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O que eu tenho lido sobre os adjetivos de Sérgia Ribeiro da Silva, conhecida no mundo do cangaço por Dadá, foi sem dúvida, uma grande guerreira, uma verdadeira fera humana, que mesmo Corisco já com os braços debilitados, devido alguns balaços sofridos em combates nas caatingas, em nenhum momento ela deixou o seu companheiro para trás.

O cangaceiro Corisco

E além de ter sido guerreira, era uma excelente companheira e amante do velho primo que a carregou para participar da mais perigosa vida que é: viver de correrias entre as estranhas matas, livrando-se dos estilhaços de balas e sem ter certeza de sair do meio do fogo com vida.

Alcindo Alves da Costa
   
Diz o escritor Alcino Alves da Costa em "Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angicos", que Corisco tinha sido alvejado por João Torquato, filho de um senhor chamado Torquato, morador lá da Pia nova, que por vingança da morte do cangaceiro Zepelim, os grupos de Zé Sereno e Mané Moreno assassinaram seu Torquato, e um senhor chamado Firmino.

O cangaceiro Zé Sereno
O cangaceiro Mané Moreno

Mas o único culpado foi um senhor de nome Chico Geraldo, que enrascado com o grupo de Mané Moreno, temendo ser executado, enredou ao cangaceiro que tudo que Torquato e Firmino sabiam sobre eles, repassavam para Zé Rufino, um dos comandantes de volantes.
            
Mas era mentira do Chico Geraldo, apenas ele queria envolver os outros para sair da mira do fogo, coisa que os cangaceiros não perdoavam covardia.
 
Tenente Zé Rufino ao lado direito

Diz ainda Alcino Alves que nesse combate Corisco saiu baleado. Dadá foi a grande defensora do marido, pois já ferido e sem condições de reagir contra a volante de policiais, que justamente, participava o João Torquato, o vingador, e sem mais munição, Dadá deu início a uma guerra com pedras, jogando-as contra os seus inimigos. 

João Torquato

E assim foi conseguindo arrastar o marido para outro local, fazendo com que os policiais perdessem o roteiro dos perseguidos. Depois disso, Corisco ficou totalmente debilitado, sem condições de enfrentar qualquer combate, confiando apenas na companheira, a suçuarana Dadá.
             
Mas diz ainda Alcino que a glória de matar Corisco, coube ao policial José Rufino, que o perseguiu até a fazenda Cavaco, em Brotas de Macaúbas, na Bahia, onde o alcançou e com maior facilidade tirou-lhe a vida, no dia 25 de maio de 1940.
            
Com a morte de Corisco que deu continuidade à Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia, do rei Lampião, praticamente ela foi enterrada com Cristino Gomes da Silva Cleto, o Corisco.

No combate que vitimou Corisco, a suçuarana Dadá foi alvejada na perna, tendo sido presa e posteriormente liberada pela justiça para participar novamente da sociedade. Dadá faleceu em fevereiro de 1994 no Estado da Bahia.

Fonte de pesquisa:
"Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angicos".

Autor: Alcino Alves da Costa

Um comentário:

  1. Anônimo18:32:00

    E você deve estar lembrado caro Pesquisador Mendes, que Dadá foi defendida no processo da Justiça pelo Rábula Cosme de Farias, que muitas vezes defendeu os réus que não podiam pagar advogado.
    Antonio Oliveira - Serrinha

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