Por Ruas
Menezes Ruas
Martha filha da cangaceira Dulce e o genro Tião Ruas
Olá!
Sou Tião Ruas, casado com Martha, filha de Dulce. Fui o responsável pela reportagem feita pela Record, no dia 1º de maio deste, sobre ela.
Sou Professor de História, poeta e compositor. Vivi minha infância dentro da casa de dona Dulce, com os filhos dela.
Senti-me no dever de resgatar para o Brasil, a história de Dulce Menezes dos Santos, e colocá-la como mito vivo da tragédia de Angicos. A verdadeira história dela, após angicos, é Jordânia, onde residiu e criou seus filhos com seu marido João Anastácio Filho (Jacó). Criança, é outra história. Falo com ela sempre. Está vivinha da silva, tá? Rsrsrsrs!
Abraços.
Fonte: facebook
Página: Ruas Menezes Ruas
Pouco se sabe
sobre Dulce, uma bela moça nascida em Sergipe e que conseguiu escapar da morte
em Angico. A exemplo das demais contribuiu para amenizar a violência do bando,
sendo a fiel companheira, enfrentando perigo, fome, sede e demais sofrimentos
nas caatingas em pé de igualdade com os homens. Ela ainda está viva e provavelmente morando em
São Paulo. Com a idade avançada, as recordações devem ser mínimas. Dulce, já
foi personagem aqui, mas retorna devido à informação de que ela está viva. A
única viva, assim como a história do Cangaço.
Dulce é
exemplo de que o Cangaço lateja, para inquietação de alguns e que pede um maior
estudo e não suposições. História se faz com fatos, documentos.
A história do
Cangaço está a dever a verdadeira importância da mulher nesse movimento que
durou anos seguidos em todo Nordeste sendo odiado e temido por uns e aplaudido
por tantos. A contradição ainda há.
Se, o
cangaceiro ainda é enquadrado como bandido (76 anos depois da morte de
Lampião), a mulher dele, não passa de uma bandida, bandoleira e até criminosa.
Elas chegaram
a somar 40, após 1936, já nos últimos anos. Mas poucas ficaram famosas.
Existiram aquelas que, mesmo no anonimato, tiveram importância reconhecida
pelos historiadores. É o caso de Dulce, a doce a segunda companheira de
Criança. Assim era chamado João, que entrou no bando quase menino…
Reconstruir
essas vidas, a exemplo de Dulce, é uma tarefa quase impossível diante da
ausência de informações, como era o costume da época que nada registrou. Mesmo
que se restaure o passado, a história não será a mesma. Esse tributo à mulher
cangaceira ainda está por vir.
Fonte: http://www.mulheresdocangaco.com.br/dulce-ainda-vive/
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Menezes Ruas
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