Por Raul Meneleu Mascarenhas
A estória nos foi narrada por um dos que viveram à época em que os fatos ainda estavam latentes, o Senhor Celso Rodrigues. Quando menino ouvindo os adultos conversarem no balcão da bodega de seu pai, estabelecida em Piranhas naqueles anos pós morte de Lampião.
Esse garoto, homem idoso hoje, com palavras cadenciadas e veementes, nos fez
passar por um portal do tempo, em frente à casa quase destruída pelo abandono
dos anos, e passou a contar-nos o triste assassinato de seis membros da família
que ali em felicidade viviam.
Essa narrativa do Senhor Celso Rodrigues, foi feita para mais de uma centena de pesquisadores, historiadores e admiradores do tema Cangaço, reunidos no grande encontro CARIRI CANGAÇO 2015 na cidade de Piranhas.
Essa narrativa do Senhor Celso Rodrigues, foi feita para mais de uma centena de pesquisadores, historiadores e admiradores do tema Cangaço, reunidos no grande encontro CARIRI CANGAÇO 2015 na cidade de Piranhas.
Foi proferida
na Fazenda Patos, nesse município do Estado de Alagoas, Brasil, onde foi o
palco de uma das maiores atrocidades desse cangaceiro para vingar a morte de
Lampião, o Rei dos Cangaceiros.
Corisco matou
seis pessoas e degolou suas cabeças e as enviou para o Tenente João Bezerra,
comandante das Volantes que trucidaram Lampião, Maria Bonita e alguns
cangaceiros. Eram as
vítimas pessoas inocentes que não tiveram nada com a morte de Virgulino
Ferreira, o Lampião.
Foi o próprio
delator quem indicou a Corisco que a traição, tinha vindo da família do
vaqueiro, o Senhor Domingos Ventura, inventando uma mentira pois tinha medo de
morrer às mão do facínora.
Foram
assassinados além dele, sua esposa e mais quatro membros de sua família.
Choramos
juntos, todos nós, naquele terreiro da casa do coiteiro Domingos Ventura, onde
sua esposa também fora assassinada por esse terrível cangaceiro e mais
quatro membros de sua família que foram covardemente assassinados e decepadas
suas cabeças e enviadas para o Tenente João Bezerra que tinha comandado as
Volantes que livraram o povo nordestino do famigerado Lampião.
Também tivemos a participação de um dos maiores pesquisadores do cangaço, o historiador e escritor Antonio Amaury, com vários livros lançados sobre o tema.
Também tivemos a participação de um dos maiores pesquisadores do cangaço, o historiador e escritor Antonio Amaury, com vários livros lançados sobre o tema.
Plantamos
nessa ocasião pós-palestra, uma centena de árvores no terreiro da fazenda para
que lembrem às autoridades que apressem os reparos de recuperação daquela casa,
para que se perpetue a saga, a triste sina, os momentos de pavor daquela
família inocente da denúncia.
Não por
morbidez devemos lembrar esse fatídico dia, para que fique registrada para a
história, a violência do banditismo dos cangaceiros e de Corisco, o Diabo Louro
e a inocência dessa família.
http://meneleu.blogspot.com.br/2015/08/a-vinganca-de-corisco-no-palco-dos.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
É verdade caro Mendes e professor Raul Mascarenhas, essa foi a mais tristes injustiça cometida por membro do bando lampiônico.
ResponderExcluirAntonio Oliveira - Serrinha