Acervo do pesquisador Lindomarcos
Faustino RELEMBRANDO MOSSORÓ
O fotógrafo mossoroense
José Rodrigues da Costa (mestre das lentes), e o natalense Luiz da Câmara Cascudo (mestre
da cultura) em 1965.
Um pouco sobre o fotógrafo José Rodrigues da Costa
José Rodrigues da Costa nasceu na Fazenda Mulungu, no município de Mossoró, distante do centro da cidade 20 km, no dia 02 de dezembro de 1938. Filho de José Frederico da Costa e Maria Salomé Silva da Costa. Aprendeu as primeiras letras em uma escola que ficava na comunidade do Sítio Trapiá, com a professora Santinha.
Em 1954, sua
família passou a morar na cidade de Mossoró, onde Zé Rodrigues concluiu o 2º
Grau. Por necessidade, começou a trabalhar ainda muito jovem, tendo como
primeiro trabalho a mercearia de Vicente Gomes Bezerra, onde eram fabricados
caixões de defuntos.
Quando ele fazia trabalhos noturnos, por várias vezes dormia dentro de caixão, pois havia muitos mosquitos. Foi ainda alugador de bicicletas, quando ele instalou um posto na Praça Rodolfo Fernandes.
Em 1960, foi
para São Paulo, onde permaneceu por dois anos, e naquela capital trabalhou como
servente de pedreiro, pintor e descobriu a paixão pela fotografia, fazendo
então desta sua profissão.
Em 1963, retornou para sua cidade natal e instalou um pequeno estúdio fotográfico, mas com uma máquina emprestada pelo Dr. José Suêldo Câmara.
José Rodrigues, durante mais de 50 anos de trabalho no ramo da fotografia, vem documentando a cidade em todos seus aspectos e registrando o desenvolvimento de Mossoró e região. Pensando nas gerações futuras, estava preparando um trabalho, através das fotografias, que perpetuarão a história do município de Mossoró.
José Rodrigues da Costa faleceu ontem (17-09-2015), às 15:00 hs em Mossoró, e seu sepultamento será às 4:00 horas da tarde de hoje.
Um pouco sobre Luiz da Câmara Cascudo
Luís da Câmara
Cascudo (Natal, 30
de dezembro de 1898 — Natal, 30 de julho de 1986) foi um historiador,
antropólogo, advogado e jornalista brasileiro.
Câmara Cascudo passou toda a sua vida em Natal e dedicou-se ao estudo da cultura brasileira.
Foi professor da Faculdade
de Direito de Natal, hoje Curso de Direito da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN), cujo Instituto de Antropologia leva
seu nome.
Pesquisador
das manifestações culturais brasileiras, deixou uma extensa obra, inclusive o Dicionário do Folclore Brasileiro (1952).
Entre seus muitos títulos destacam-se: Alma patrícia (1921), obra de
estreia, e Contos tradicionais do Brasil (1946). Estudioso do período
das invasões holandesas, publicou Geografia
do Brasil holandês (1956). Suas memórias, O tempo e eu (1971),
foram editadas postumamente.
Cascudo quase
chegou a ser demitido de sua posição como professor por estudar figuras
folclóricas como o lobisomem.
Começou o
trabalhou como jornalista aos 19 anos em "A Imprensa", de propriedade
de seu pai, e depois passou pelo "A República" e o "Diário de
Natal" - nos anos 1960 já havia publicado quase 2.000 textos.[1]
Câmara Cascudo
foi monarquista nas primeiras décadas do século XX e
durante a década de 1930 combateu a crescente influência marxista no
Brasil. Também combateu, em parte, sob a impressão causada pela assim chamada Intentona Comunista de 1935, quando Natal foi palco e sede da primeira
tentativa de um governo fundado nas ideias marxistas da América
Latina, Cascudo aderiu ao integralismo brasileiro e foi membro destacado e
Chefe Regional da Ação Integralista Brasileira, o
movimento nacionalista encabeçado por Plínio
Salgado.
Desencantou-se
rapidamente com o Integralismo, tal como outro famoso ex-integralista, Dom Hélder Câmara, e já durante a Segunda Guerra Mundial favoreceu os Aliados,
demonstrando sua antipatia aos fascistas italianos
e aos nazistas alemães.
Fiel ao seu pensamento anticomunista,
não se opôs ao Golpe Militar de 1964, mas protegeu e ajudou
diversos potiguares perseguidos pelos militares.
Câmara Cascudo
muito contribuiu para a cultura na gestão de Djalma Maranhão, prefeito de Natal.
O conjunto da
obra de Luís da Câmara Cascudo é considerável em quantidade e qualidade. O
autor escreveu 31 livros e 9 plaquetas sobre o folclore brasileiro,
em um total de 8.533 páginas, o que o coloca entre os intelectuais brasileiros
mais profícuos, ao lado de nomes como Pontes
de Miranda e Mário Ferreira dos Santos.
O autor é
também notável que tenha obtido reconhecimento nacional e internacional
publicando e vivendo distante do eixo Rio—São Paulo.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_da_C%C3%A2mara_Cascudo
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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