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terça-feira, 18 de agosto de 2015

JOSÉ RODRIGUES DA COSTA E LUIZ DA CÂMARA CASCUDO

Acervo do pesquisador Lindomarcos Faustino‎ RELEMBRANDO MOSSORÓ

O fotógrafo mossoroense José Rodrigues da Costa (mestre das lentes), e o natalense Luiz da Câmara Cascudo (mestre da cultura) em 1965.

Um pouco sobre o fotógrafo José Rodrigues da Costa

José Rodrigues da Costa nasceu na Fazenda Mulungu, no município de Mossoró, distante do centro da cidade 20 km, no dia 02 de dezembro de 1938. 
Filho de José Frederico da Costa e Maria Salomé Silva da Costa. Aprendeu as primeiras letras em uma escola que ficava na comunidade do Sítio Trapiá, com a professora Santinha.

Em 1954, sua família passou a morar na cidade de Mossoró, onde Zé Rodrigues concluiu o 2º Grau. Por necessidade, começou a trabalhar ainda muito jovem, tendo como primeiro trabalho a mercearia de Vicente Gomes Bezerra, onde eram fabricados caixões de defuntos.

Quando ele fazia trabalhos noturnos, por várias vezes dormia dentro de caixão, pois havia muitos mosquitos. Foi ainda alugador de bicicletas, quando ele instalou um posto na Praça Rodolfo Fernandes.

Em 1960, foi para São Paulo, onde permaneceu por dois anos, e naquela capital trabalhou como servente de pedreiro, pintor e descobriu a paixão pela fotografia, fazendo então desta sua profissão.

Em 1963, retornou para sua cidade natal e instalou um pequeno estúdio fotográfico, mas com uma máquina emprestada pelo Dr. José Suêldo Câmara.

José Rodrigues, durante mais de 50 anos de trabalho no ramo da fotografia, vem documentando a cidade em todos seus aspectos e registrando o desenvolvimento de Mossoró e região. Pensando nas gerações futuras, estava preparando um trabalho, através das fotografias, que perpetuarão a história do município de Mossoró. 

José Rodrigues da Costa faleceu ontem (17-09-2015), às 15:00 hs em Mossoró, e seu sepultamento será às 4:00 horas da tarde de hoje. 


Um pouco sobre Luiz da Câmara Cascudo

Luís da Câmara Cascudo (Natal, 30 de dezembro de 1898 — Natal, 30 de julho de 1986) foi um historiador, antropólogo, advogado e jornalista brasileiro. Câmara Cascudo passou toda a sua vida em Natal e dedicou-se ao estudo da cultura brasileira. 

Foi professor da Faculdade de Direito de Natal, hoje Curso de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), cujo Instituto de Antropologia leva seu nome.

Pesquisador das manifestações culturais brasileiras, deixou uma extensa obra, inclusive o Dicionário do Folclore Brasileiro (1952). Entre seus muitos títulos destacam-se: Alma patrícia (1921), obra de estreia, e Contos tradicionais do Brasil (1946). Estudioso do período das invasões holandesas, publicou Geografia do Brasil holandês (1956). Suas memórias, O tempo e eu (1971), foram editadas postumamente.

Cascudo quase chegou a ser demitido de sua posição como professor por estudar figuras folclóricas como o lobisomem.

Começou o trabalhou como jornalista aos 19 anos em "A Imprensa", de propriedade de seu pai, e depois passou pelo "A República" e o "Diário de Natal" - nos anos 1960 já havia publicado quase 2.000 textos.[1]

Câmara Cascudo foi monarquista nas primeiras décadas do século XX e durante a década de 1930 combateu a crescente influência marxista no Brasil. Também combateu, em parte, sob a impressão causada pela assim chamada Intentona Comunista de 1935, quando Natal foi palco e sede da primeira tentativa de um governo fundado nas ideias marxistas da América Latina, Cascudo aderiu ao integralismo brasileiro e foi membro destacado e Chefe Regional da Ação Integralista Brasileira, o movimento nacionalista encabeçado por Plínio Salgado.

Desencantou-se rapidamente com o Integralismo, tal como outro famoso ex-integralista, Dom Hélder Câmara, e já durante a Segunda Guerra Mundial favoreceu os Aliados, demonstrando sua antipatia aos fascistas italianos e aos nazistas alemães. Fiel ao seu pensamento anticomunista, não se opôs ao Golpe Militar de 1964, mas protegeu e ajudou diversos potiguares perseguidos pelos militares.

Câmara Cascudo muito contribuiu para a cultura na gestão de Djalma Maranhão, prefeito de Natal.

O conjunto da obra de Luís da Câmara Cascudo é considerável em quantidade e qualidade. O autor escreveu 31 livros e 9 plaquetas sobre o folclore brasileiro, em um total de 8.533 páginas, o que o coloca entre os intelectuais brasileiros mais profícuos, ao lado de nomes como Pontes de Miranda e Mário Ferreira dos Santos.

O autor é também notável que tenha obtido reconhecimento nacional e internacional publicando e vivendo distante do eixo Rio—São Paulo.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_da_C%C3%A2mara_Cascudo

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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