Por Epitácio Andrade
No dia 07 de setembro de
2015, o advogado criminalista Bartolomeu Linhares,
Dr. Bartolomeu Linhares
radicado na cidade de Caicó,
no Seridó potiguar presenteou o cangaceirólogo
Dr. Epitácio Andrade
Epitácio de Andrade Filho com o
artigo Memórias do Dr. Antônio Gervásio Alves Saraiva, de autoria do
genealogista e historiador cearense Francisco Saraiva Fernandes Câmara,
conhecido como Fernando Câmara.
Fernando Câmara
O artigo é um ensaio
historiográfico sobre a memória da família Saraiva Leão, apresentado pelo
orador-autor numa convenção familiar, ocorrida no dia 12 de abril de 1942,
no Rio de Janeiro, na época, capital federal do Brasil. E se encontra publicado
no número 98, nas páginas 17 a 27, editado em 1984, em Fortaleza, na
revista do Instituto Histórico do Ceará. O bacharel em ciências jurídicas pela
Universidade federal de Pernambuco Antônio Gervásio Alves Saraiva, nascido na
fazenda Santa Tereza, distante 15 km da sede urbana do município de
Belém de Brejo do Cruz, no alto Sertão paraibano foi contemporâneo do cangaceiro
potiguar Jesuíno Brilhante (1844-79). E deixou registrada em seus
manuscritos a fatídica passagem do mais afamado cangaceiro do século XIX pelas
terras da Santa Tereza, inserindo definitivamente o município paraibano de
Belém de Brejo do Cruz no mapa do cangaço de Jesuíno Brilhante.
A Fazenda Santa Tereza
se localiza em fronte a serra de Brejo do Cruz e margeia os alcantis das serras
do Patu, de João do Vale e serra negra, no Rio Grande do Norte.
Serra Negra do Norte
Serra de João do Vale
Serra do Patu
Serra de Brejo do Cruz
Cortada ao meio
pelo Riacho dos Porcos, oriundo a montante a oito léguas do Catolé do Rocha,
sendo represado pelo açude da Santa Tereza, construção arquitetônica secular
que contou com a participação decisiva de mão-de-obra escrava. Na época, chegou
a ser o maior açude do Nordeste brasileiro
Em 1880, o açude da Santa
Tereza não resistiu a uma invernada vindo a se romper, agravando as condições
de vida e sobrevivência no Sertão, contribuindo, inclusive para, mais adiante,
determinar a eclosão de uma epidemia de tuberculose. Em 1865, a casa grande da
Fazenda Santa Tereza era caiada, uma raridade para a época. A fama de
opulência da Santa Tereza despertou a cobiça do chefe de bando Jesuíno
Brilhante que enviou o seu cabra Pajeú. Numa tarde Pajeú bateu na casa do
capitão Álvaro de Assis, um amigo da família Saraiva Leão, para dizer que era
plano assentado do bando o assalto a Santa Tereza. Jesuíno já havia estado na
casa do major João Batista da Costa Coelho (Pai Joãozinho) para recorrer bolsa,
mas não tinha logrado êxito. Jesuíno fazia ponto na comunidade de São José,
onde tinha dois coiteiros: Um tal Chaves e Elias Cardoso. Confinantes à
Santa Tereza tinham comunidades que ora estavam aliadas a Jesuíno, ora estavam
aliadas ao grupo adversário dos Limões, como era o caso da comunidade Dois
Riachos, pertencente a família Lobo.
Neste cenário de conflito, estavam os
Saldanhas do mulungu; os Maias em Catolé do Rocha. O declínio socioeconômico da
Santa Tereza e o sofrimento da população vitimada pela tuberculose motivaram a
vinda do padre Ibiapina (1806-1883) que coordenou a construção da Igreja e do
cemitério, além de ter proposto a mudança do nome da comunidade de cachoeira
para Santa Tereza, que pode ter sido para homenagear a matriarca conhecida como
Teté ou para homenagear a própria genitora do missionário.
A
Fazenda Dois Riachos do Coronel Valdivino Lobo, aliado incondicional da família
Limão, principal algoz do cangaceiro Jesuíno
Brilhante o cangaceiro
A
Fazenda Dois Riachos do Coronel Valdivino Lobo, aliado incondicional da família
Limão, principal algoz do cangaceiro Jesuíno
Brilhante o cangaceiro
Coronel Valdivino Lobo da Fazenda Dois Riachos
Padre Ibiapina
Finalmente, narra o jurista que
acompanhou juntamente com o vaqueiro João Raimundo o sargento comandante de uma
tropa destacada na cidade de Imperatriz (hoje Martins, no Rio Grande do Norte)
que vinha no encalço dos cangaceiros até um pedregulho existente na estrada
entre São José e Santa Tereza, na comunidade de Santo Antônio, onde o sargento
Preto Limão armou a emboscada fatal que pôs fim ao cangaço de Jesuíno
Brilhante.
Serrote da tropa
Este lugar foi denominado pelo senhor Mário Waldemar Saraiva Leão,
fundador da cidade de São José de Brejo do Cruz, como o Serrote da Tropa.
Dr. Epitácio Andrade
Médico, escritor e pesquisador do cangaço
http://epitacioandradefilho.blogspot.com.br/2015/09/santa-tereza.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
ola José mendes estou concluindo com mais formalidade e passagem de Ângelo Roque pela a Fazenda Tingui com depoimentos ate da vida amorosa do cangaceiro e também as atrocidades de violência que causou a estas famílias no ano de 32 a 33 você encontra parte desta historia neste Blog Historiadotingui.blogspot.com
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