Notícia
de “O Mossoroense”:
“Mossoró, 02 de dezembro de 1918.
Ilmos. Srs.
Temos a grata satisfação de vos comunicar que instalamos nesta cidade uma filial do Banco do Brasil, do Rio de Janeiro.
“Mossoró, 02 de dezembro de 1918.
Ilmos. Srs.
Temos a grata satisfação de vos comunicar que instalamos nesta cidade uma filial do Banco do Brasil, do Rio de Janeiro.
Pondo
à vossa disposição os serviços da mesma filial, aguardamos vossas ordens para o
bom desempenho das quais empregaremos os nossos melhores esforços.
Rogando-vos
a fineza de tomar nota das assinaturas abaixo, vos apresentamos as nossas
Saudações,
...
Dessa
maneira o Banco do Brasil dava conhecimento ao povo de Mossoró de sua
instalação, cuja sede estava situada na Praça 6 de janeiro e Av. Tavares de
Lira, num prédio que pertencia a Francisco Borges de Andrade. A agência
instalada em Mossoró era a 36ª filial do Banco no Pais, e esse acontecimento se
dava a apenas 1 ano e 6 meses após a de Natal.
A
sua instalação ocorreu em 02 de dezembro de 1918, sendo o seu primeiro
Diretor-Gerente o Sr. Álvaro Feijó Ribeiro e tendo o Sr. Virgílio Catanhedo
Sobrinho como Contador-Guarda-Livros. O primeiro livro “Diário” foi registrado
na Junta Comercial do Estado em 29 de novembro de 1918. O capital atribuído
para início das operações da agência foi de 300 contos de réis e o primeiro
suprimento efetuado pela firma M.F. do Monte & Cia. O primeiro depósito em
conta corrente foi efetuado por Lourival F. Brasil, no valor de R$ 2.900$000 e
a primeira ordem de pagamento tomada por F. Borges de Andrade & Cia., de R$
7.100$000 a favor de Manoel Joaquim da Costa, de Natal.
Poder
contar com uma agência do Banco do Brasil era um velho sonho dos que atuavam no
comércio de Mossoró. Em 24 de outubro de 1917, era publicado nos jornais locais:
“AGÊNCIA DO BANCO DO BRASIL – Consta-nos, com visos de verdade, que o comércio
desta praça trabalha junto aos poderes competentes para a instalação de uma
agência do Banco do Brasil nesta cidade. Folgamos em dar esta reportagem
porque, se em breve realizar-se este cometimento, será um passo largo em demanda
de um futuro mais opulento do adiantado comércio desta praça, uma das primeiras
do Norte. Com esse fruto veremos os pequenos comerciantes desenvolverem os seus
negócios coma mais largueza, com mais segurança. Aqueles que, sobre corajosos,
inteligentes, darão, certo, maior incremento aos seus negócios, abrirão caminho
a novos tentames, efetuarão transações de conta própria, alçarão vôos maiores.
Além de tudo, aproveita a agência às grandes casas para os grandes negócios,
aos pequenos capitais pela facilidade de recursos a novos empreendimentos. Aos
demais, aproveitará a agência a classe média comercial em prol da pequena
indústria, e tanto maior à grande indústria dos arrojados industriais. Nesse
mister há muito que explorar.”
Em
1934 deu-se a mudança da agência do prédio onde originalmente havia sido
instalada em 1918, na Rua 6 de Janeiro, para a Rua do Comércio.
Em
20 de setembro de 1960 a agência muda-se mais uma vez para um novo edifício que
ficava na Praça Getúlio Vargas, nº 45.
Em
11 de fevereiro de 1978 é inaugurado o prédio definitivo na Praça Vigário
Antônio Joaquim, em solenidade a que estiveram presentes autoridades do Estado,
além de Diretores da referida organização de crédito nacional, sendo o ato
assistido por grande número de pessoas. O novo prédio fora construído no local
onde havia sido fundado o centenário Colégio Diocesano Santa Luzia, e onde o
mesmo funcionou por quase cinqüenta anos. A compra do prédio do velho
educandário foi efetuada no dia 03 de janeiro de 1974, tendo o Prefeito
Dix-huit Rosado assinado a escritura de compra como testemunha.
Nos
97 anos de funcionamento em solo mossoroense, o Banco do Brasil tem cumprido a
tarefa ensejada pelos que lutaram por sua instalação que é a de alavancar o
desenvolvimento da região, sob às bênçãos de Santa Luzia, a Padroeira do povo
de Mossoró.
Geraldo
Maia do Nascimento
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