O dia em
que......Virgulino "Defendeu" o povoado de Nazaré, pelo Presidente do
GECC, Conselheiro do Cariri Cangaço, Barreto…no espetacular Lampião Aceso
de Kiko Monteiro:
"Nazaré
do Pico é um pequeno povoado encravado no sertão de Pernambuco. Do pequeno
lugarejo localizado nas proximidades de Serra Talhada, mas pertencente ao
município de Floresta, saíram os mais ferrenhos perseguidores de Lampião,
dentre eles: Odilon Flor, Euclides Flor, Gomes Jurubeba, João Gomes Jurubeba,
Davi Jurubeba, Enoque Menezes, João Gomes de Lira; e talvez o mais famoso
deles, Manoel Neto que chegaria ao posto de coronel da polícia pernambucana.
A intriga
entre os Ferreiras e os Nazarenos, surgiu no começo da vida errante de
Virgulino Ferreira, o futuro Lampião, só tendo final com sua morte, apesar de
não ser nem um Nazareno o autor da proeza.
Mas Virgulino
Ferreira, defendeu Nazaré, isto ocorreu nos idos de l9l9, era dia de feira no
pequeno arruado, o lugarejo estava movimentado com a venda de carne de bode,
frutas, artefatos de couro e outras coisas típicas das feiras nordestinas.
Sem ninguém
esperar o povoado foi invadido por cangaceiros, comandados por "Cindário
das Piranhas", todos armados, com seus longos punhais ameaçando os
feirantes e a população do lugar. Os líderes do povoado tomaram para si, como
não poderia deixar de ser a incumbência de defender o lugar, reuniram-se numa
casa ainda em construção para tomar as deliberações para a defesa.
Os cangaceiros
notando o movimento estranho naquela casa se dirigiram pra lá, encontrando os
Nazarenos, Euclides e Manuel Flor, Cícero Freire e Enoque Menezes, os ânimos se
exaltaram, cangaceiros e defensores do lugar, apontam as armas uns aos outros,
a tensão é grande, Gomes Jurubeba quebra o silêncio, e pergunta quem é o chefe
do grupo, Cindário responde de ponto, Gomes pede que se retirem de Nazaré,
argumenta que o povoado era novo, não era lugar para cangaceiro.
Cindário diz
pra Jurubeba se calar, se não morreria naquele instante, Gomes Jurubeba
responde que poderia até morrer, mas um levaria com ele.
Virgolino
estava na feira e percebendo a cena de longe, chegando sorrateiramente para ter
certeza do que estava acontecendo, grita: “êta é cangaceiro”, e corre para o
local, quando chega é impedido de entrar na casa, ficando bufando de ódio, mas
gritando para os Nazarenos não terem medo que ele estava lá fora para o que der
e vier.
Cindário,
cangaceiro experiente e astuto, vendo que a resistência estava se formando, e
que o povo daquele lugar, não era de brincadeira, tratou de reunir seu pessoal
e bateu em retirada, mas jurando voltar a Nazaré para ajustar as contas.
Virgolino
Ferreira, naquele dia ficou ao lado dos Nazarenos, valentes guerreiros que em
pouco tempo iriam lhe impor uma perseguição que duraria anos, até sua morte na
fazenda Angico."
Cangaceiros Cariri
Cangaceiros Cariri
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