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quinta-feira, 23 de junho de 2016

INGLATERRA, PONTO

Por Clerisvaldo B. Chagas, 24 de junho de 2016 - Crônica Nº 1.538

A natureza humana é difícil de entender, as nações mais ainda, imagine o céu. Todos conhecem a história do pai que aconselhou aos filhos antes de morrer. As varinhas juntas, tão resistentes; varinha só, vulnerável e indefesa. Em quantos anos a Europa costurou sua união! Quando as coisas estão consolidadas, o inconformismo reinante no mundo bate à porta do Reino Unido. Ah, o planeta é repleto de ideias “brilhantes”. E se o homem associado não suporta a ideia alheia, não tem compreensão para a tolerância, como irá obtê-la sozinho?

LONDRES. Foto (gazetadopovo.com).

Nenhuma nação isolada é coisa alguma, seja pequena ou grande. Mas a saída do Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte) da União Europeia, não irá afetar somente os separatistas. As consequências, caso se consolide a separação, respingará por aí, provocando muitas dores de cabeça.

Estamos vivendo uma transformação completa na Terra com problemas gigantescos que fazem lembrar os preâmbulos da Primeira e Segundo Grandes Guerras. A crise econômica, o terrorismo moderno, a fobia a estrangeiros, os dramas dos refugiados e as dezenas de conflitos sérios e regionais, vão corroendo os pilares da civilização. Portanto, o momento não nos parece de discórdia. Não é deixando a União Europeia que o Reino Unido vai respirar em paz e nem “lavar as mãos como Pilatos”.

O momento é perigoso com o esfacelamento da cadeia. Será que a possível saída da Inglaterra provocará o “efeito cascata”? Quando se pensa que os problemas dos países sub são enormes, gigantes são os males dos desenvolvidos. Até porque a humanidade inteira sempre pagou pelos acertos e erros dos titãs. Desenhar quadro sombrio não é correto, entretanto, o tempo (se ainda houver tempo) dirá sobre as cabeçadas das nações. Não só das cabeçadas, mas da tapona, do rabo de arraia e dos murros cegos.

Diz o ditado que só o usuário “sabe onde o sapato aperta”. É verdade, mas os “bicudos” que saem do sapato não atingem o dono, mas sim quem está por perto.

Por via das dúvidas, “olho no peixe, olho no gato”.

       Você já sabe para quem sobra a conta.


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