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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

LAMPIÃO PELOS GRINGOS

Acervo do pesquisador José João Souza

O historiador britânico Eric Hobsbawm traça perfil de vários “bandidos sociais” ao redor do mundo, entre eles, Lampião.

Eric Hobsbawm - https://pt.wikipedia.org/wiki/Eric_Hobsbawm

Aponta a lenda de Robin Hood como ideal universal do bom ladrão para analisar como a ausência pode transformar criminosos em heróis. A análise rendeu críticas, sobretudo por sugerir que representava a “reação dos excluídos” contra a opressão de poderes no campo.

Sobre Lampião, considerava-o “bandido social” com a ressalva de que havia nele ambiguidade. Era “meio nobre, meio monstro".

O norte-americano Billy Chandler é um dos críticos de Hobsbawm. Para ele Lampião só se encaixa no conceito de “bandido social” por ter origem em ambiente injusto, e que seria exagero falar em justiça social por parte do cangaceiro. Na biografia de Virgolino, examina a trajetória da infância ao episódio da morte. Coloca o personagem no contexto do Sertão, onde ser cangaceiro era ato natural e atrativo para filho de um agricultor. Relatos atuais e da época, arquivos e entrevistas sustentam a análise.

A historiadora francesa Élise Grunspan-Jasmin comparou versões sobre a vida de Lampião. Explica como a imagem do “mito” foi construída pela imprensa dos anos 1930, que, embora criticasse a violência, ajudava a construir a lenda do herói invencível, de corpo fechado. 

Ela revela o prazer de Virgolino em posar e se ver nos jornais.

Com senso de marketing, ele manipulava jornalistas para se promover. A “lenda” seria reforçada com cordéis, bonecos de barro, filmes e músicas.

Fonte: Diário de Pernambuco
Data: 29 de setembro de 2013

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