Maria Carolina
de Mello era casada com o primo Jesuíno Calado Brilhante. O casal tinha
cinco filhos e tinha uma vida extremamente tranquila, no Rio Grande do
Norte. Um dia, em 1871, a vida dessa família deu uma reviravolta, após o
roubo de uma novilha pelos Limões, vizinhos e conhecidos pela violência. Além
do crime, um membro dos Limões, ficou “fazendo pouco”, soltando graça com os
Brilhantes nas bodegas.
Aí, a mulher
de Jesuíno, Maria, atiçava o marido dizendo:
“- Quem ouve tanto desaforo, deve ter
perdido a vergonha!”.
Foi o bastante para Jesuíno sentir-se mexido nos brios.
Armou-se e foi ao encontro do chefe da família Limões e não hesitou e atirar e
matar o “Preto Limão” como era chamado. A guerra entre as famílias estava
declarada, e Jesuíno tornou-se cangaceiro.
Maria, a
responsável pela situação, demonstrava tranquilidade, enquanto o marido
ganhava fama como justiceiro, assaltava os ricos para dar aos pobres. Era o
defensor dos oprimidos, chamado de “cangaceiro romântico”. E assim, se passaram
10 anos. Até que numa emboscada, Jesuíno Brilhante foi ferido mortalmente.
Sua mulher,
Maria, que gostava de provocar, casou logo depois com um cangaceiro do grupo de
Jesuíno…
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