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segunda-feira, 20 de março de 2017

OS CHEFES DOS GRANDES CANGACEIROS (PARTE 1)

Por Geziel Moura

Quando Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião atravessou o São Francisco para Bahia, pela segunda vez, em 21 de agosto de 1928, resultado do assédio tenaz feito pela policia, principalmente a de Pernambuco, ele forjou "Novo Cangaço", durante este período, que ficou conhecido como a Fase Baiana.


Dentre tais criações, temos a reatualização dos subgrupos, pois eles já existiam antes da Bahia, na figura de chefes como Sabino Gomes, Jose Leite de Santana, O Jararaca, os irmãos Marcelino, dentre outros. Portanto, as formações deles, não eram novidades, o novo estava na forma como tais subgrupos, foram formatados naquele momento da historiografia do cangaço.

Alcino Alves Costa

O escritor sergipano Alcino Alves Costa com formidável lucidez, coloca Lampião na posição de "Donatário" do tempo do Brasil colônia, sendo que agora, o sertão do além do São Francisco, eram as "Sesmarias" cujo comando ficaria a cada cabra de sua confiança. Eis aí uma inovação na formação dos "Novos subgrupos".

Ainda, segundo aquele autor, os territórios ficaram divididos da seguinte maneira: 

O cangaceiro Corisco

Cristino Gomes da Silva, o Corisco ficou com a área ribeirinha, ao longo do São Francisco, de um lado e de outro deste, região de Pão de Açúcar (AL), Santana do Ipanema (AL), Maravilha (AL), Palmeira dos índios (AL), Poço das Trincheiras (AL), e outros;

Mané Moreno, Zé Baiano e Zé Sereno eram primos entre si

José Aleixo Ribeiro da Silva, o Zé Baiano, era responsável pela região, do então, município de São Paulo (SE), hoje Frei Paulo (SE), Alagadiço (AL), além de Pinhão (SE) e Paripiranga (BA);

Mariano

Mariano Laurindo Granja, o Mariano, operava nas caatingas de Porto da Folha (SE);

Manoel Moreno foi agraciado com a região de Gararu (SE), e parte de Nossa Senhora da Glória (SE);

Zé Sereno

José Ribeiro Filho, o Zé Sereno quando virou chefe, atuou a oeste de Porto da Folha (SE) e na região de Poço Redondo (SE);

Juriti é o primeiro da esquerda

Manoel Pereira de Azevedo, o Juriti operava desde Canindé de São Francisco (SE) até Poço Redondo (SE)


Ângelo Roque da Costa, o Labareda operava na região de Carira (SE).


Virgínio Fortunato da Silva, vulgo Moderno, não tinha região fixa para operar, inclusive, atuava em Alagoas e Pernambuco;


Luiz Pedro era o lugar-tenente de Lampião, considerado chefe de subgrupos, sempre orbitava em Virgolino.

Luiz Pedro do Retiro

Assim, se compôs o império de Lampião no início da segunda fase (Baiana), depois surgiram, a segunda geração de chefes, tais como: Português, Balão, Pancada, Gato e outros. (continua).

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