Por Pedro Monteiro
Senhoras e senhores e demais público! É com muita alegria
que anuncio o mais recente rebento da minha modesta lavra, Os dois Irmãos — A
História de Anepu e Batau! A obra tem por base um conto Egípcio escrito em
papiro e descoberto em 1852, no museu da Inglaterra. O papiro está assinado
pelo escriba Anana, período da 19ª dinastia dos Faraós (1200 a.C.).
Aqui narrado em 73 estrofes setilha de Cordel, com ilustração de Nireuda Longobardi e publicado pela Edicon. Abaixo, as estrofes iniciais:
Aqui narrado em 73 estrofes setilha de Cordel, com ilustração de Nireuda Longobardi e publicado pela Edicon. Abaixo, as estrofes iniciais:
Nos
alinhavos dos versos
Teço
na mente um sarau.
No
seio da realeza,
Gesta
de primeiro grau,
Clareio
a minha memória
Para
narrar a história
De
Anepu e Batau.
História
que foi contada
Para
o príncipe herdeiro,
De
nome Seti Mernefta,
Na
sucessão o primeiro.
Miamum,
o seu genitor,
Anana,
o preceptor,
E
razão deste roteiro.
Há
mais de trinta e dois séculos,
Como
um bom educador,
Anana
contava história
Para
o pequeno senhor,
O
primeiro na fileira,
Do
Egito, nação guerreira,
Seu
futuro imperador.
Dos
personagens narrados
Aqui
em versos, por mim,
Uma
mulher enfeitiça
O
seu cunhado e, por fim,
Com
ódio e paixão teimosa
Numa
trama curiosa,
Cujo
começo é assim:
—
Eram dois irmãos unidos,
Sendo
o Anepu casado.
Batau,
mais jovem e solteiro,
Pela
cunhada, tentado
Com
afã nada indiscreto,
Porém
ele agiu correto,
Neste
dilema narrado.
(...)
Batau
ficou assustado
Temendo
a situação,
Ao
perceber o intento
Da
mulher do seu irmão,
Com
um olhar diferente,
Como
se fosse corrente
Atando
seu coração.
Expondo
maldosamente
O
seu corpo escultural,
Embelezando
os cabelos
Com
destreza sensual.
De
forma desinibida,
Ela
o abraça e convida
A
um ato de amor carnal.
Contatos
com o autor:
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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