Seguidores

sábado, 15 de julho de 2017

CANGACEIROS DE VILA BELA - PERNAMBUCO

Material do acervo de José João Souza

As consequências da violência aplicada na colonização para tomar as terras indígenas estavam presentes no sertão nordestino até o início do século XX, nas relações semifeudais de produção, na fragilidade das instituições responsáveis pela lei e justiça, nos homicídios de famílias, na violência sexual, nos roubos de gado e de terras, no analfabetismo e na pobreza extrema. Diante desse quadro, os sertanejos buscaram fazer justiça com as próprias mãos. O cangaço foi um movimento social com abrangência em todo sertão nordestino. Apenas no município de Vila Bela, atual Serra Talhada em Pernambuco, nasceram mais de 200 cangaceiros, basta lembrar que Sinhô Pereira e Luiz Padre comandaram em torno de 80 homens. O monsenhor Afonso Pequeno arregimentou mais de uma centena deles para socorrer um parente em questões políticas no Ceará. Antônio da Umburana, Zé Saturnino, Nego Tibúrcio, Antônio Matilde e Antônio Rosa eram homens que detinham em seu poder grupos de cangaceiros. E a maioria deles, filhos de Vila Bela. Segundo o escritor Frederico Bezerra Maciel, em agosto de 1928, existiam cinquenta e oito cangaceiros presos na cadeia de Vila Bela. O nome de Vila Bela estava tão relacionado com o cangaço, que no ano de 1939, o Governador de Pernambuco, Agamenon Magalhães, resolveu mudar o nome da cidade para Serra Talhada. Lembramos que, muitos e muitos nomes, quer seja de batismo ou de guerra, perderam-se no anonimato, mesmo assim, foi relacionado nomes de 73 cangaceiros, que pertenceram ao bando de Lampião, que todos os indicativos mostram, terem nascidos no município de Vila Bela.


1 - Virgolino Ferreira (Lampião)
2 - Antônio Ferreira
3 - Livino Ferreira
4 - Ezequiel Ferreira
5 - Antônio Matilde
6 - Marreca
7 - Isaias Vieira ( Zabelê)
8 - José Cesário (Coqueiro)
9 - Balisa
10 - Genésio Vaqueiro
11 - Sabino Gomes
12 - José Delfino
13 - José Dedé
14 - Luiz Gameleira
15 - Luiz Macário
16 - Mergulhão do Pajeú
17 - Marreca do Pajeú
18 - Satil
19 - Sabiá
20 - Vila Bela
21 - Antônio Bráz (Mão de Grelha)
22 - Mariolino Bráz (Mourão)
23 - Joaquim Bráz
24 - Luiz Bráz (Giboião)
25 - Dé Araújo
26 - Mariano
27 - Chumbinho
28 - Cicero Costa (Lavandeira)
29 - Laurindo Batista Gaia (Açucena)
30 - Badoque
31 - José Benedito
32 - Manoel Benedito
33 - Olimpio Benedito (Carrossel)
34 - Artur José Gomes (Beija Flor)
35 - Antônio Gomes (Antônio Cacheado)
36 - João Marques (Cacheado)
37- Euclides Gomes (Euclides Cacheado)
38 - Cajueiro (da Vila de São Francisco)
39 - Sebastião (Cancão)
40 - Cícero Nogueira
41 - José Lopes da Silva (Mormaço)
42 - Piloto
43 - Manoel Tubiba
44 - José Tubiba
45 - Sebastião Tubiba (Balão)
46 - José Pereira Nogueira (Ventania)
47 - Zé Pretinho
48 - João Toím
49 - Joaquim Coqueiro
50 - Zé Melão
51 - Joaquim Mariano
52 - João Mariano
53 - Gato
54 - Três Cocos
55 - Chá Preto
56 - João Calaz
57 - Antônio Paixão (Gavião)
58 - Manoel Paixão (Bandeira)
59 - Cajarana
60 - Pedro Morais
61 - Antônio Morais
62 - Miguel Umbuzeiro
63 - José Terto
64 - Pedro Caboclo
65 - Antônio Clementino ( Fato de Cobra)
66 - Manoel da Silva (Manoel Preto)
67 - José Ramos de Oliveira (Pau de Agasalhar Urubu)
68 - Teodorico Cabeça
69 - Sipaubas
70 - Horácio
71 - Primo
72 - João Gavião ( dos Valões)
73 - Manoel Gomes da Silva ( Jacaré).

Fonte: Lampião. Nem herói nem bandido. A História!
De: Anildomá Willans de Souza

http://blogdomendesmendes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário