Ivone
Boechat
A
evolução do mundo acontece com tamanha velocidade que os filhos devem ser
preparados, mais do que nunca, para respeitar seus pais. É muito comum ouvir um
jovem dizer: "Papai não me entende". O entendimento deve ser mútuo.
Acorda-se, todo dia, com o absurdo na última moda: no dia seguinte
o absurdo de ontem já foi substituído pelo absurdo mais
novo.
Sempre uma
bela característica do homem-pai é a compreensão. Ela mantém o
equilíbrio na balança das concessões e ajuda no discernimento do sim e do não.
A compreensão carrega nos braços as dificuldades do choque da convivência,
quando os comportamentos se agridem.
O exemplo do
pai está cada dia mais importante. De nada vale a severidade, as regras e
exigências, se o filho descobre (e sempre descobre) que o seu discurso não
corresponde à prática. O pai não é um mágico que se equilibra nas aparências, é
um ser autêntico que vive as próprias limitações.
Todo filho
gostaria de ter um pai trabalhador, honesto, dedicado à família, e jamais um
irresponsável, debochado, perdido na noite das indecisões, infeliz, semeando
infelicidade.
O dia dos pais
deve ser uma ótima oportunidade de autoavaliação: "que tipo de pai eu sou?
Uso devidamente a minha autoridade? Confundo autoritarismo com disciplina? Ou
tenho sido um ditador, um poderoso chefão, dentro do meu lar?”
Como é bom ter
um pai! Se ele for, é claro, investido das qualidades deste homem todo
especial, isto é, se estiver em condições de contribuir com uma parcela de
amor, de exemplo, humilde, reconhecendo a sua impossibilidade frente a inúmeros
desafios. Se o tempo dedicado aos filhos é pequeno que o amor seja em tempo
integral!
Conta-se que a
diretora da Escola realizava uma reunião com a família dos alunos e aproveitou
a oportunidade para ressaltar a importância do apoio que os pais devem dar aos
filhos. Pediu-lhes, também, que estivessem presentes o máximo de tempo
possível, junto deles.
A diretora
ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou, com seu jeito
humilde, que ele não tinha tempo para falar com o filho nem tempo de vê-lo
durante a semana. Quando saía para trabalhar na madrugada o filho ainda estava
dormindo, ao voltar, era muito tarde e o garoto não estava mais acordado. Disse
que a ausência o deixava angustiado. Para que o filho soubesse da sua presença,
ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria e dava-lhe um beijo na testa,
todas as noites. Quando o filho acordava e via o nó, sabia que o pai estivera
ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles. A diretora
ficou emocionada com a história tão singela, mais surpresa ficou, quando
descobriu que o filho desse pai era um dos meninos mais dedicados e meigos
alunos da escola.
A postura
educacional adotada pelos pais na educação dos filhos deve ser fundamentada no
amor. Os filhos são dádivas de Deus, eles precisam ser educados e amados. A
superproteção desequilibra tanto quanto o abandono. Eles podem ser lindos,
feios, ricos, pobres: importante é a orientação e o exemplo dos seus pais.
Agredir não é disciplinar. Disciplinar significa organizar a vida!
Enviado pela autora
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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