Por Agência Estado
Foto Daniel Ferreira - Metrópoles
Para
vice-presidente eleito, aval do governo à negociação do KC-390 e da parte
comercial da fabricante brasileira com Boeing sairá logo.
O
vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, disse que, se o presidente
Michel Temer procurar Jair Bolsonaro para conversar sobre o negócio entre
Boeing e Embraer, o aval do governo brasileiro à operação poderá sair
rapidamente. Mourão defendeu a união das companhias e considerou “fundamental”
à fabricante brasileira ter um “peso pesado ao lado dela”.
De acordo com
a parceria anunciada, a Boeing deterá 80% de participação na joint venture,
que vai combinar ativos na área de aviação comercial, pelo valor de US$ 4,2
bilhões. Houve acordo ainda de uma segunda joint venture para promover e
desenvolver novos mercados para o avião multimissão KC-390. De acordo com a
parceria proposta, a Embraer deterá 51% de participação na parceria e a Boeing,
os 49% restantes.
“O negócio
pode ser decidido de comum acordo se o presidente Michel Temer procurar o
presidente Jair Bolsonaro, os dois conversarem e concordarem. Aí, já podem
fechar isso”, disse Mourão, na tarde desta segunda-feira (17/12). O acordo
entre as duas companhias já está no Palácio do Planalto para avaliação do
governo brasileiro.
Questionado
sobre o negócio, o vice-presidente eleito disse ser favorável. “Sou a favor da
sanção. [O negócio] É fundamental para a Embraer diante da concorrência a que
ela está exposta internacionalmente”, disse, ao lembrar que a principal
concorrente da brasileira no mercado de aviões de médio porte, a canadense
Bombardier, já está aliada à grande competidora da Boeing, a europeia Airbus.
“É importante que a Embraer tenha um peso pesado ao lado dela”, declarou.
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