Acontece na tarde deste próximo sábado, dia 30 de março de 2019, as 16 horas nos salões da Academia Cearense de Letras no Palácio da Luz, em Fortaleza, a posse do Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa, como membro da ACLA - Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba. A solenidade marca também a posse da nova diretoria do prestigiado sodalício que tem como patrono o "Príncipe dos Historiadores do Brasil" , Capistrano de Abreu, na ocasião assume a presidência da ACLA o intelectual Paulo Roberto Neves.
A ACLA - Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba foi criada em 21 de junho de 1992, no Sítio Columinjuba, na cidade de Maranguape, na região metropolitana de Fortaleza. A data de sua inauguração homenageia o nascimento de Antonio de Abreu, primeiro dentre os Patronos a ter um livro publicado. Seu primeiro presidente foi o intelectual Américo de Abreu, escolhido por suas virtudes, raras qualidades e reconhecido saber cultural. Por ocasião de criação deu-se a solenidade de posse da primeira Diretoria Executiva e do seu Conselho Fiscal, além da posse dos primeiros Membros Titulares da ACLA, assim, plantada a semente de um sodalício em um aprazível local, berço de figuras exponenciais cujas principais virtudes sempre foram a honra, a disposição para o trabalho e, principalmente, o sentimento de fraternidade.
A ACLA tem como seu Presidente de Honra , João Capistrano Honório de Abreu; o Príncipe dos Historiadores Brasileiros; que nasceu neste mesmo sítio Colominjuba, sede da ACLA, na cidade de Maranguape no Ceará em 23 de outubro de 1853. Capistrano de Abreu realizou seus primeiros estudos em rápidas passagens por várias escolas para em 1869, viajar para Recife, onde cursou humanidades e retornando ao Ceará dois anos depois fundou a Academia Francesa, órgão de cultura e debates, progressista e anticlerical, que durou de 1872 a 1875. Mudando para o Rio de Janeiro foi aprovado em concurso público para a Biblioteca Nacional. Em 1879, foi nomeado oficial desta mesma Biblioteca, lecionou Corografia e História do Brasil no Colégio Pedro II e foi nomeado por concurso em que apresentou tese sobre O descobrimento do Brasil e o seu desenvolvimento no século XVI.
Capistrano de Abreu, Príncipe dos Historiadores do Brasil, Presidente de Honra da ACLA
Dedicou-se ao estudo da história colonial brasileira, elaborando uma teoria da literatura nacional, tendo por base os conceitos de clima, terra e raça, que reproduzia os clichês típicos do colonialismo europeu acerca dos trópicos, invertendo, todavia, o mito pré-romântico do «bom selvagem». Morreu no Rio de Janeiro, aos 73 anos, em 13 de agosto .
Capistrano de Abreu mudou o cenário da historiografia brasileira, no final do século XIX e começo do século XX. Ele é considerado um dos primeiros grandes historiadores do Brasil e o responsável pela entrada do nosso país no mundo da historiografia moderna. Uma de suas grandes obras foi o livro Capítulos da História Colonial (1500 – 1800), que foi publicado em 1907 atuou também nas áreas de Etnografia (método antropológico de coleta de dados) e Linguística (estudo científico da linguagem) , hoje, as obras do historiador são vistas como grandes fontes de fatos e informações, que fizeram parte da História brasileira.
Posse na ACLA
Dia 30 de Março de 2019, ás 16 horas
Salões da Academia Cearense de Letras
Palácio da Luz, Fortaleza Ceara
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