Por Rangel Alves da Costa
Dizem que eu me pareço com Alcino, mas este amigo aí ao meu lado possui uma
feição que é uma cópia fiel do pai: Bernardino Rocha, o Canário, o famoso
cangaceiro. Não só filho de Canário como de Adília, a mocinha do Alto de João
Paulo que por amor se embrenhou nas entranhas da mataria seguindo os passos do
cangaço.
Batizado como João Batista Correia dos Santos, mas depois simplificado
para João Batista dos Santos após perder o registro, nasceu em 12 de outubro de
1938, poucos dias após a morte de seu pai, morto à traição (pelas mãos de
Penedinho, companheiro de bando, e já após o massacre de Angico), nos arredores
da Poço Redondo, na Fazenda Coruripe. Joãozinho veio ao mundo nas proximidades
da cidade sergipana de Propriá, numa localidade chamada Morro do Chaves.
Por
muito tempo morou com seus avôs maternos, numa propriedade nas proximidades do
então distrito de Poço Redondo. Criado pela avó, por muito tempo chamou sua mãe
Adília de “comadre Adília”, e sua avó de mãe. Assim que completou vinte anos
arrumou mala e cuia e resolveu ir viver em outras paragens. Após breve
temporada no Rio de Janeiro, fixou moradia em Brasília, onde vive até hoje.
Casado em segundas núpcias, possui três filhos.
Joãozinho reside na capital
federal, mas quando sente saudades vem num passo só até seu Poço Redondo, onde
tem irmãos (somente por parte de mãe) e muitos amigos, como este que vos
noticia. E dono de um proseado tão bom e cativante que dá vontade de sentar com
ele debaixo de sombra boa e deixar o tempo apenas passar.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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