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Na minha humilde opinião e não válida, já que eu sou apenas um metido sobre este tema, o Mané Veio já encontrara o cangaceiro Luiz Pedro morto. Ele mentiu mais do que os outros e o que devia".
E você leitor, poderá me perguntar:
-E você, estava lá?
Eu não estava lá, mas pela lógica a gente ver que nem tudo foi verdade o que disse os depoentes.
"O homem que contratou o pistoleiro para assassinar a sua segunda esposa, a filha e filho (mas não conseguiu assassinar o filho porque não se encontrava no local) era o volante Mané Véio que participou da chacina aos cangaceiros na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico em terras da cidade de Poço Redondo no Estado de Sergipe.
O volante Mané Véio era chamado de joalheiro porque quando aconteceu a chacina de Angico ele se apoderou das riquezas do cangaceiro Luiz Pedro, e na hora da partilha de tudo quanto era de valor com os policias que participaram da chacina ele bateu o martelo e disse que o que havia recolhido do cangaceiro não dividia com ninguém. E queria que qualquer policial da volante tentasse o enfrentar, porque a desgraça seria feita com quem se atrevesse em tomar-lhe.
A sua primeira esposa chamava-se Cidália também foi assassinada por ele, porque estava apoderado de ciúmes (segundo fala o escritor Alcino Alves Costa no seu livro "Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angico).
O volante Mané Véio era chamado de joalheiro porque quando aconteceu a chacina de Angico ele se apoderou das riquezas do cangaceiro Luiz Pedro, e na hora da partilha de tudo quanto era de valor com os policias que participaram da chacina ele bateu o martelo e disse que o que havia recolhido do cangaceiro não dividia com ninguém. E queria que qualquer policial da volante tentasse o enfrentar, porque a desgraça seria feita com quem se atrevesse em tomar-lhe.
A sua primeira esposa chamava-se Cidália também foi assassinada por ele, porque estava apoderado de ciúmes (segundo fala o escritor Alcino Alves Costa no seu livro "Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angico).
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O Mané Véio foi o homem que disse ter matado o cangaceiro Luiz Pedro, mas eu como simples estudante do cangaço e jamais serei autoridade no que diz respeito ao tema, não acredito nesta história.
As informações
sobre a morte do cangaceiro Luiz Pedro do Retiro ou Cordeiro são bastantes
enfeitadas pelos que forneceram entrevistas a alguns repórteres e pesquisadores
do cangaço.
O escritor Alcino Alves Costa me disse certa vez que quando morresse gostaria muito de ser lembrado através desta foto. Aqui está ela.
O escritor
Alcino Alves Costa teve grande motivo para escrever o livro “Lampião Além da
Versão Mentiras e Mistérios de Angico”, quando diz que o que aconteceu na Grota
do Angico, em terras da cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe, na
madrugada de 28 de julho de 1938, não foi o que informaram os depoentes, tanto
cangaceiros como policiais que fizeram partes da chacina aos cangaceiros da
“Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia, de propriedade do afamado,
perverso e sanguinário Virgolino Ferreira da Silva o rei Lampião.
Lampião
Claro que em
relação a cangaço eu sou apenas um metido que vivo lendo e comparando o que um
escreve, o que outro diz em livro..., mas tento confirmar que, o cangaceiro
Luiz Pedro não foi assassinado pelo volante Mané Veio, e sim, quem o matou, foi
mesmo balas disparadas e direcionadas pelas volantes policiais através da
metralhadora que tentava eliminar vida por vida de cangaceiros.
O cangaceiro Luiz Pedro
As informações
de três elementos que se dispuseram falar aos entrevistadores como aconteceu
a morte do cangaceiro Luiz Pedro todas são diferentes, e assim, não se tem o autor
da morte do afamado cangaceiro e compadre de Lampião e Maria Bonita.
O cangaceiro Balão
Em 1973, o
cangaceiro Balão cedeu entrevista à Revista Realidade, e para mim, não sei se
estou certo, Balão foi o cangaceiro que mais fantasiou as suas respostas. É
claro que cada um deles queria levar a sardinha para o seu prato, mas não era
necessária tanta fantasia.
O cangaceiro
Balão falou o seguinte:
- Luiz Pedro
ainda gritou. Vamos pegar
o dinheiro e o ouro na barraca de Lampião! Não conseguiu.
Caiu atingido por uma rajada. Corri até ele, peguei seu mosquetão e, com Zé
Sereno, consegui furar o cerco. Tive a impressão de que a metralhadora enguiçou
no momento exato. Para mim foi Deus.– http://www.cangacoemfoco.m.jex.com.br
O cangaceiro Zé Sereno
Ora! Qual é o homem que tem coragem de ver um sujeito cair atingido por balas e de imediatamente ele vai ao seu encontro, para recolher uma arma ou outra coisa semelhante do morto, sabendo que quem atirou ainda está por ali? Ele já tinha o seu mosquetão, e para que mais outro, e além do mais, foi apanhá-lo no meio do fogo. Meio duvidoso o que afirmou ele.
Pelo dizer do "cangaceiro Balão" quem matou o facínora Luiz Pedro foi uma rajada de balas por
uma metralhadora.
O cangaceiro Vila Nova está à frente. Ele era afilhado de Luiz Pedro.
Já o
cangaceiro Vila Nova disse o que segue:
No dia 14 de
novembro de 1938 Iziano Ferreira Lima, o afamado cangaceiro VILA NOVA, afirmou
ao “Jornal A Noite”, que estava na Grota de Angico no momento do ataque das
volantes ao grupo de Lampião, na madrugada de 28 de julho de 1938. Vejam o que
ele fala o cangaceiro
Vila Nova
– Escapei
pela misericórdia de Deus, afirma. Vi quando o CHEFE (o chefe que ele se refere
é Lampião) caiu se estrebuchando pelas forças do tenente Ferreira.
Ele fala no
tenente Ferreira, mas acho eu, não sei se procede, ele quis se referir ao tenente João Bezerra da
Silva.
Continua:
- Meu padrinho
Luiz Pedro caiu ferido nos meus pés. Pediu que o matasse, logo. O que fiz, foi
apanhar o seu mosquetão e fugir para as bandas do riacho onde o fogo era menor. Depois da fuga
fui me esconder na Fazenda Cuiabá, onde me encontrei com ZÉ SERENO, e outros
que puderam fugir do cerco. Ali soubemos que junto com o capitão tinha morrido 11 cabras, inclusive D. Maria Bonita”.
Cabeças dos cangaceiros chacinados na Grota do Angico-SE em 28 de julho de 1938.
(Ele diz que morreram 11
cabras. Na verdade foram nove cangaceiros e duas mulheres. O que ele afirma
sobre o total de cangaceiros que morreu está correto, mas foram 12 mortos lá na
Grota do Angico. 9 cangaceiros, 2 mulheres e um volante de nome Adrião Pedro da
Silva.
Adrião Pedro de Souza volante assassinado na Grota do Angico em Sergipe no dia 28 de julho de 1938. Segundo escritor Antonio Vilela diz que ele foi assassinado pelo o fogo amigo.
Uma dúvida que
tenho certeza que todos estudiosos do cangaço têm e gostariam de perguntar: O
cangaceiro Luiz Pedro estava com dois mosquetões? Porque Balão disse que levou
o seu Mosquetão. E o cangaceiro Vila Nova também afirma ter levado o mosquetão
do cangaceiro.
Está
registrado na literatura do cangaço que quem assassinou o cangaceiro Luiz Pedro
foi o volante Mané Veio, mas pelas suas informações não tem como eu acreditar,
porque ele afirma que saiu perseguindo o cangaceiro Luiz Pedro, que ia meio
avexado, caminhando rápido, e o volante ao seu encalce, até que chegou em um
determinado lugar e disparou sua arma, fechando o cangaceiro.
Mas vejam bem:
Durou muito tempo para que o volante assassinasse o cangaceiro, e por que os cangaceiro Balão e o Vila Nova informaram aos pesquisadores que o Luiz Pedro foi
assassinado ali, no meio dos outros?
Na minha humilde opinião e não válida, já que eu sou apenas um metido sobre este tema, o Mané Veio já encontrara o cangaceiro Luiz Pedro morto. Ele mentiu mais do que os outros e o que devia".
E você leitor, poderá me perguntar:
-E você, estava lá?
Eu não estava lá, mas pela lógica a gente ver que nem tudo foi verdade o que disse os depoentes.
FONTE: JORNAL ÚLTIMA HORA, DE 14/07/66.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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