Clerisvaldo B. Chagas, 14 de outubro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.197
(Pedido de Almir Rodrigues)
Na década de 20, foi formada uma trincheira na Rua da Poeira para defender a cidade de um possível ataque de Lampião à cidade de Santana do Ipanema. O bando cangaceiro passou ao largo. Após a morte de Lampião, em 1938, um desentendimento entre o comandante do Batalhão local, coronel José Lucena de Albuquerque Maranhão com o ex-chefe de volante, tenente Porfírio, resultou no assassinato deste. Para justificar a morte do oficial, Lucena traçou um plano em que acusava Porfírio de querer formar um bando cangaceiro. Para isso andou apontando e prendendo pessoas reles da Rua da Poeira, como coiteiras do tenente Porfírio. Daí em diante a Rua da Poeira (injustamente) passou a ser chamada de Rua dos Coiteiros.
No futuro, já como rua moderna e calçada no primeiro trecho, deram o nome de Rua Delmiro Gouveia, cremos que em homenagem ao coronel do povoado Pedra. O segundo trecho continuou sem calçamento e como Rua da Poeira, até a pavimentação quando recebeu o título de Rua Manoel Medeiros. Como manobra política, outra rua que inicia transversalmente com à Rua Manoel Medeiros e sai na Cohab Velha, ficou sendo artificialmente como prolongamento do primeiro trecho da rua Delmiro Gouveia.
Hoje a Rua Delmiro é conhecida pelos seus bons restaurantes.
Resumindo, esta é uma referência à rua que tem história.
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