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terça-feira, 28 de abril de 2020

O ÚLTIMO PÃO.


Por João Filho de Paula Pessoa

Em outubro de 1936, Zé Rufino com sua Volante rondavam a caatinga de Sergipe, em busca de cangaceiros, quando encontraram um menino que caminhava numa trilha portando alguns pães, que interrogado e sob pressão, informou que era filho de João do Pão e os pães eram para sua casa que era alí próximo, desconfiados, os soldados seguiram a criança até seu destino e avistaram alguns cangaceiros jogando baralho com o Sr. João do Pão, um pequeno fazendeiro de algumas posses que acoitava alguns cangaceiros, e abriram fogo contra o grupo, abatendo logo de início os Cangaceiros Pai Véio, Pavão e o Fazendeiro João do Pão, em seguida abateram Mariano, que lutou bravamente enquanto o resto do bando fugia com sua mulher Rosinha. As Cabeças dos três cangaceiros mortos foram arrancadas e levadas pela volante e o corpo do Sr. João do Pão foi entregue à sua família para um enterro cristão, vez que o mesmo não era cangaceiro. Neste combate fugiram Rosinha de Mariano, que estava grávida, Criança, dentre outros. Mariano era um dos cangaceiros mais antigos de Lampião e considerado o mais “gente boa” de todos, pois nunca tinha se desentendido com nenhum companheiro e tinha bom trato com os coiteiros e com as vítimas. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/CE. 06/01/2020.


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