*Rangel Alves da Costa
Os casos de covid-19 estão aumentando assustadoramente em Poço Redondo, município do sertão sergipano.
Desde a noite desta terça-feira 26/05, dentro do cômputo geral, nada menos que 26 casos já foram registrados. O número deveras assustador, principalmente para um município onde o primeiro caso não tem muito tempo que foi confirmado.
Tratando-se de uma pandemia, onde a doença se espalha indistintamente por todo o mundo, logicamente não seria de se esperar que o município ficasse imune à proliferação da doença.
O preocupante, contudo, é que o vírus já está chegando a lugares, povoações e comunidades, onde se imaginava de maior proteção. As comunidades de assentamentos do Alto Bonito e da Queimada Grande, por exemplo, já registram casos.
A sede municipal centraliza o maior número de casos, mas considerando a dimensão territorial do município, logo se vê com temeridade que o vírus avance ainda mais e vá provocando um descontrole no sistema local de saúde.
Seria um caos se o número de afetados atingisse um nível de insuportabilidade no atendimento. Quanto maior o número de afetados e isolados, mais difícil será o acompanhamento.
Perante tal quadro, considerando ainda que muitos outros casos surgirão e que as formas de atendimento médico estarão em iminente colapso, a única medida possível a ser imediatamente tomada diz respeito a cada um, a cada pessoa, a cada cidadão de Poço Redondo.
Cada poço-redondense deve chamar para si a responsabilidade da autoproteção, da precaução e da prevenção. Cabe a cada poço-redondense zelar pela saúde da municipalidade.
Não adiantarão os esforços da administração se grande parte da população insiste em descumprir as medidas de isolamento, de toque de recolher, de não se aglomerar, de utilizar máscaras quando tiver de sair, de tomar todos os cuidados de higienização.
Não se trata sequer de um querer de cada um, mas de um dever, uma obrigação de cada um, vez que toda a população acaba se sujeitando aos riscos provocados por apenas uma pessoa.
É uma questão de respeito ao próximo, de saber que a vida do outro não deve estar na dependência de uma atitude impensada, irresponsável, ou de um simples ato de negação de uma triste e medonha realidade.
Estamos numa batalha e precisamos vencer. E só venceremos essa batalha contra o vírus com as armas do respeito a si mesmo e ao próximo, com a precaução e a busca máxima de proteção, com a extrema responsabilidade perante esse bem maior que é a vida.
Escritor
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