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segunda-feira, 26 de outubro de 2020

PROJETO GAVIÃO

 Clerisvaldo B. Chagas, 26 de outubro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.405


Apesar de não sermos jornalistas, gostamos de noticias boas que envolvam o nosso sertão alagoano. Quem conhece as riquezas agropecuárias de Petrolina, pode imaginar um início daquelas sementes no projeto Gavião, em nosso estado. É que o governo estadual irá desenvolver um projeto piloto no município de São José da Tapera, margeado pelo Canal do Sertão. O projeto é para fruticultura irrigada e prioriza a agricultura familiar com recursos de 12,8 milhões do Fundo de Erradicação da Pobreza (FECOEP). No caso, 17 lotes serão pleiteados e que receberão certa quantidade de água para desenvolvimento dos lotes.

 (FOTO: PIXABAY)

Está prevista a produção de manga, maracujá, uva, melão, goiaba, mamão, banana e acerola. Todos esses produtos chagam de Petrolina, estado vizinho, abastecendo Maceió e nosso interior o que é bom por um lado e vergonhoso por outro. Em nossa própria cidade, todo o sistema de frutas e hortaliças chega do estado de Pernambuco, tanto de Petrolina quanto de Rainha Isabel e para alcançar os preços é preciso usar escadas de bombeiros. Sabemos que nada pode ser do dia para à noite, porém, poderemos um dia chagar à riqueza de Petrolina onde só se fala em três coisas: Dólares, toneladas e carro importado. Inúmeras indústrias do agronegócio atuam naquela ilha de prosperidade com até mesmo exportação direta do seu próprio aeroporto. Não é à toa que essa cidade do interior possui duas faculdades de Medicina.

O Canal do Sertão que vai desde o município de Delmiro Gouveia, no Alto Sertão e se encontra agora em São José da Tapera, poderá transformar o Sertão e Alto Sertão do nosso estado em um paraíso, igual à Petrolina, baseado no agronegócio, onde também está inserida a indústria de transformação. O Canal está programado para penetrar no agreste, seu ponto final. Embora se fale bem pouco do que está sendo feito e planejado ao longo dos trechos consolidados, confiamos que, sendo bem dirigido pelos órgãos estatais, erradicaremos a miséria da região e quem sabe... Nossa linguagem mudará também para: tonelada, dólar e carro importado.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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